Depois de conquistar mais de 30 milhões de plays com o álbum “Todo Mundo Ama o Sol”, o rapper Tarcis se prepara para lançar seu terceiro disco: “Do Subúrbio à Central”. Com estreia marcada para 25 de agosto, o projeto de 10 faixas expande o olhar do artista sobre o Rio de Janeiro, abordando com lirismo e sensibilidade as histórias e os afetos do dia a dia suburbano. O clipe da música “Avisa Lá”, que abre o trabalho, já pode ser conferido no YouTube.

Musicalmente, Tarcis define o álbum como “o novo rap carioca”, mas com uma forte conexão com o passado. Ele resgata o balanço que marcou os anos 80 e 90, inspirando-se em nomes como Bebeto, Copa 7 e Devaneio. A intenção, segundo ele, é se afastar de influências americanas e fazer um rap genuinamente nacional.

“Quis ter mais Brasil, fazer de fato um rap nacional, onde a gente se encontre na linguagem, na estética visual e trazendo protagonismo para pessoas comuns”, afirma o artista.

Com colaborações de Joca, Jadidi e Ericbeatz, o disco incorpora a tradição das crônicas sobre a vida, tão presente no samba, criando um tipo de rap que parte da vivência na periferia do Rio e dialoga com a identidade brasileira.

Um elemento central e simbólico de “Do Subúrbio à Central” é o bar, que se torna o ponto de encontro de vivências, reflexões e melodias.

“Posso dizer que este álbum é um grande bar, porque é no bar onde todas as histórias se encontram. Pessoas comemoram, trabalham, relaxam, brigam… A vida acontece de uma forma poética. Além disso, é também uma indagação à cena, que muitas vezes traz o subúrbio no contexto de violência e nunca em crônicas comuns, sobre o dia a dia. Eu sempre prezo por manter essas histórias vivas”, reflete Tarcis.

A narrativa do álbum percorre os dias da semana, enquanto os visualizers de cada faixa revelam personagens próprios, estendendo a atmosfera do clipe de “Avisa Lá” para todo o projeto.

As experiências de vida de Tarcis, que morou na Baixada Fluminense, na Zona Norte e agora vive na Zona Oeste do Rio, são as raízes do novo trabalho. Ele destaca que esses locais o ensinaram sobre a boemia e a malandragem, que inspiram as vivências do disco. “O trajeto do disco tanto pode ser da Baixada, como pode ser da Zona Oeste. Ele representa a parte que está nas costas do Cristo Redentor”, conclui o artista, que ganhou visibilidade em 2019, ao participar do Brasil Grime Show.