Melly, de apenas 20 anos, através das suas referências e últimos lançamentos, têm pautado a ideia de identidade baiana para o gênero norte-americano R&B.

Melly abre caminho para a consolidação de um R&B com B de Bahia

Melly, de apenas 20 anos, através das suas referências e últimos lançamentos, têm pautado a…

Melly, de apenas 20 anos, através das suas referências e últimos lançamentos, têm pautado a ideia de identidade baiana para o gênero norte-americano R&B.

Foram anos até que o Rhythm N’ Blues, mais conhecido como R&B, recebesse então o destaque merecido em terras brasileiras. Agora, com o R&B nacional em uma base mais sólida, Melly acredita que é o momento de falar em uma identidade baiana para o gênero, afinal a Bahia sempre coloca seu DNA na mesa quando se trata de musicalidade.

Mas o que seria uma identidade baiana para o R&B?

Como a maioria dos cantores e compositores R&B, Melly também têm influências do jazz, blues e soul. Mas como boa artista baiana, na sua música, Melly também bebe da fonte das células musicais do samba-reggae, do pagodão, do toque Ijexá e percussivo característico da Bahia.

As múltiplas influências, o sotaque e a linguagem característicos, fizeram com que Melly e seu produtor musical, Manigga, pensassem em consolidar o tempero regional que a Bahia têm, no gênero que só cresce nas plataformas de música, o R&B.

A artista mostra essa mistura autêntica através dos seus últimos lançamentos, o single Soul, que exala Bahia através de elementos e células do samba-reggae e da guitarra com influências tropicais caribenhas. E o EP Azul, que tem dedo de Chibatinha do Àttoxxá e Sullivan do Afrocidade.

Foi a primeira vez que misturei minhas influências, migrei do R&B já estabelecido e criei, junto com Manigga, meu próprio estilo. Agradeço aos artistas que brigaram pelo lugar do R&B na indústria, isso me permitiu arriscar e inovar hoje”, explica Melly.

R&B no Brasil

Nos últimos anos, pela primeira vez o gênero norte-americano ganhou força por aqui, antes esteve tímido entre movimentos mais nacionais. O toque do “jeitinho brasileiro” por outro lado, já tinha sido firmado, com artistas como Cassiano, Jorge Ben, Djavan, Tim Maia, Sandra de Sá, e até a galera do Pagode 90.

Pode parecer estranho falar desse time como nomes do R&B, mas se tirar a MPB e samba fundo de quintal da frente, sobra então os cantos melódicos, conhecidos no gênero nascido nos Estados Unidos de 1940.

Com o desenvolvimento da musicalidade brasileira, o crescimento do rap e a democratização do fazer musical, alguns artistas passaram a reivindicar o lugar do R&B na mesa dos holofotes, gravadoras, mídia e consequentemente, dos ouvintes. E não seria muito difícil cativar um dos povos mais amorosos do mundo, com uma musicalidade regada à dengo, amor e safadeza. Os brasileiros entraram de cabeça na onda do R&B.

Sobre Melly, novo nome do R&B

Com 20 anos, a artista soteropolitana Melly já acumula mais de 50 composições escritas em português e em inglês. Se desenvolve musicalmente desde os 6 anos, quando começou a fazer aulas de piano, e hoje constrói um trabalho autoral baseado nos gêneros musicais Soul e RnB.

Nas plataformas de streaming, Melly tem sete faixas e seu EP Azul já publicados. Em 2021 Melly lançou dois clipes, o clipe musical “Soul” lançado em parceria com o produtor musical Manigga, e Azul, clipe da música que leva o nome do seu EP.