Foto divulgação Redbull BC One

Amir e Logistx conquistam título mundial de nova modalidade olímpica

18ª edição da Final Mundial do Red Bull BC One ocorreu na Polônia; B-Boy Amir…

18ª edição da Final Mundial do Red Bull BC One ocorreu na Polônia; B-Boy Amir e B-Girl Logistx chegaram ao lugar mais alto do pódio

No leste europeu, a Polônia foi palco da principal competição de Breaking do mundo neste sábado (6). Com os atletas mais talentosos do planeta reunidos e alto nível técnico de disputa, quem chegou ao lugar mais alto do pódio da 18ª edição da Final Mundial do Red Bull BC One foi o B-Boy Amir, primeiro cazaquistanês a vencer a competição, e a norte-americana Logistx, de 18 anos, a mais jovem B-Girl a conquistar o título do campeonato. Superando os demais breakers na decisão do torneio, os atletas consagraram-se os melhores do planeta no Breaking – modalidade que agora faz parte do maior evento multiesportivo do mundo.

“Definitivamente, sonhei em ganhar esse título muitas vezes, mas essa experiência tem um significado muito além para mim, é bem mais profundo. Eu queria ganhar porque eu sabia que as pessoas iriam ouvir o que tenho a dizer. E o que quero dizer é que todos são capazes de ganhar – porque eu mesma já perdi e, para ganhar, precisei voltar a partir da derrota”, conta a B-Girl Logistx.

A fase final da competição foi dividida em duas etapas decisivas: na primeira, a Last Chance Cypher, os campeões brasileiros B-Boy Xandin e B-Girl Itsa representaram o País em busca de uma vaga para a grande decisão, mas não avançaram. Já a segunda etapa foi composta pelos quatro primeiros colocados na fase inicial, das modalidades feminina e masculina, além de outros 24 convidados. Entre estes, o cearense B-Boy Bart teve vaga garantida por conta de seu desempenho e forte participação na cena, e representou o Brasil diante de mais de 30 países. O dançarino agitou o público com seus power moves e footworks, e chegou até às quartas de final, quando disputou com o canadense Phil Wizard, que chamou a atenção dos jurados e desclassificou o brasileiro.

“Eu acho que fui bem, mas poderia ter me preparado muito mais. A pandemia causou uma pausa em tudo, o que influenciou nos meus treinos e competições. Eu fiz o meu melhor, mas não foi dessa vez”, avalia o cearense Bart.

No Brasil, o evento passou por qualificatórias regionais em Fortaleza (CE), Brasília (DF), Curitiba (PR) e São Paulo (SP). Depois, 16 B-Boys e 16 B-Girls disputaram a Final Nacional na capital paulista, que garantia a vaga na Polônia. Na grande decisão, nomes que são referência na cena ocuparam a bancada de jurados e avaliaram os 32 finalistas mundiais, como o holandês Menno, três vezes campeão mundial; os americanos El Nino e Beta Rawkuz; além da francesa Sarah Bee.