Samba de Martinho da Vila de 1977 ganha a mistura do rap, com mensagens sobre liberdade e direitos humanos

Tunico da Vila lança releitura de Quero, Quero com participações de Martinho da Vila e…

Tunico da Vila lança releitura de Quero, Quero com participações de Martinho da Vila e dos rappers, BK, Dexter, Rappin Hood, Kamau, Rashid, e do coletivo Melanina Mc´s.

Foto: Tunico da Vila

Foto: Tunico da Vila

Tunico da Vila lança pela Sony Music releitura de Quero,Quero,  samba de autoria de Martinho da Vila, gravada originalmente no LP Presente, em 1977. Single e clipe da música chegam às plataformas digitais com a mistura do rap, com mensagens sobre liberdade e os direitos soberanos dos seres humanos.

Gravada originalmente durante a ditadura militar, a versão de Tunico para “Quero,Quero” contou com a participação especial do seu autor, Martinho da Vila, bem como as participações e intervenções originais dos rappers BK, Dexter, Rappin Hood, Kamau, Rashid, e do coletivo Melanina Mc´s.

Com arranjos originais e modernos, sob a direção do mestre Rildo Hora, o cantor e compositor Tunico da Vila mostra sua maturidade como cantor, além de toda a contemporaneidade do seu samba, quando une força e potência e permeia o diálogo do samba com o rap.

Ouça Quero, Quero:

“O samba-rap de Quero, Quero fala do querer humano, do participar, do grito pelos direitos soberanos unindo samba e rap, duas culturas negras mensageiras. Acabou se tornando um desabafo coletivo, em tempos abafados, para quem aprendeu sobre liberdade como eu. Convidei amigos e amigas rappers, homens e mulheres, para desabafarmos juntos, cada um ao seu modo. Na filosofia africana é assim, todo mundo junto. A música, a poesia cantada, libera energias e forças para um mundo melhor”, declara Tunico.

Gravado entre Rio de Janeiro, São Paulo e Vitória, o videoclipe  também contou com imagens de Tunico da Vila em mercados populares e feiras. Lugares onde acontecem encontros de gente de perto e de longe, do latim feria, o dia santo, de gente que produz no mar, na terra, na cidade e no campo. Da troca de saberes, fazeres e de mensagens nas ruas. Das cores, artes, aromas e sabores. Uma sinestesia artística num desabafo coletivo com um toque ancestral de filosofia africana, diversos e juntos, liberando energia para um mundo melhor.

“Em tempos de resistir, de falta de afeto, de armamento e sandices, é preciso enviar mensagens para quem está vivendo, querendo, lutando, para poderem continuar a sonhar, desejar e amar. Preciso aguçar os jovens à refletirem sobre o tempo presente. Essa é a nossa potência e sem isso não há respiro para a alma. A música cumpre esse papel em qualquer tempo”.

Com Quero, Quero, Tunico da Vila reafirma sua herança do samba “isabelense” maroto e brejeiro.