RROCHA lança “De que Lado”, segundo single de Conterrâneos Estrangeiros
RROCHA apresenta mais um capítulo de seu novo trabalho Conterrâneos Estrangeiros, previsto para o primeiro…
RROCHA apresenta mais um capítulo de seu novo trabalho Conterrâneos Estrangeiros, previsto para o primeiro semestre de 2021. A faixa “De que Lado”, que abre o álbum e tem a participação especial do rapper gaúcho Zudizilla, estará disponível nas plataformas digitais e também em formato de filme.
Com isso, ele desvenda um pouco mais da sua trajetória iniciada com “RUA” e mostra a faixa que é parte importante na ponte do disco com o livro, que será lançado junto com o álbum no ano que vem.
“De que Lado” mostra uma outra sonoridade do trabalho de RROCHA, num clima mais denso, mas ainda assim urbana e com uma letra reveladora da batalha que travou consigo mesmo há dois anos atrás.
O filme, que traz alguns personagens já apresentados no registro audiovisual de “RUA”, foi gravado em Pelotas, interior gaúcho, cidade natal de Zudizilla. A estética de um lugar inóspito no extremo sul do país, que nos remete à solidão casa perfeitamente com a densidade da faixa.
“De Que Lado” nos apresenta o primeiro capítulo dessa trajetória proposta por RROCHA que não vai se desvendando de forma linear, mas poeticamente. Dessa forma, tudo bem se “RUA”, o terceiro capítulo dessa sequência de filmes, chegar antes ao público no lugar do inicial. Dessa forma, vamos embaralhando a narrativa, misturando os capítulos, para chegar num ponto final que é o filme completo, disco e livro que formam Conterrâneos Estrangeiros.
“Quero ter a liberdade de fazer vários tipos de sons. Sempre ouvi muito rap e eu queria trazer isso pro meu trabalho. O Zudizilla é um dos rappers mais interessantes da atualidade e como eu, ele pensa muito no visual do que apresenta. Sem contar no background muito grande e um flow inacreditável. Mandei a música que fiz no violão para ele que me respondeu em três dias com a letra pronta”, pontua RROCHA.
Assista “De que Lado”:
Letra RROCHA – DE QUE LADO feat. Zudizilla
Desse lado restou
o gosto que se sente
Em um segundo passa
vendo a chuva cair,
mas em cada gota que me fez mar,
um novo dia pra remar,
temporal.
E nesse acaso que sou
de dentro pra sair, vou.
No descompasso chegar,
num ritmo tardio.
Sei que o menos é sempre mais,
que tudo que vem e que vai,
vendaval.
O quanto em você vem de um outro lugar?
Levo no peito a razão de encontrar
Abro o caminho pro corpo fechar
Tiro o espinho, sem medo de sangrar
(Pa pa pa-para) O canto no vento, um sopro de vida
(Pa pa pa-rara) Vozes derrubam
O que escorre pra dizer
Eu não vou me acomodar
Vida lenta apressa me o relógio
Vida passa bem em frente aos olhos
Fico a admirar e peso os ombros
Volto a segurar o mesmo copo
Dias cinzas e problemas de outrora
Horas que se vão e eu sem sono
Imagens na janela sem som
E eu penso em alto volume:
O mal de ser parece que nos une
Pra nao dizer que eu aceitei o impulso
Eu virei o espelho pra parede
Talvez seja o primeiro ou o último dia igual a esse
Foi a constância que me fez imune
Não me pergunte, vai com medo mesmo
Eu pulo fases sem saber direito o que fazer
E a sete chaves guardo o que trouxeram me de lá
Num sopro o tempo passa, e eu volto e lembro
O quão intensa é a força que faz
Eu não me acomodar
O quanto em você vem de um outro lugar?
Levo no peito a razão de encontrar
Abro o caminho pro corpo fechar
Tiro o espinho, sem medo de sangrar
(Pa pa pa-para) O canto no vento, um sopro de vida
(Pa pa pa-rara) Vozes derrubam
O que escorre pra dizer
Eu não vou me acomodar
De que lado você vem?
De que lado você vem.
O certo no errado
Abrigo no estrago
De que lado você vem?