Rincon Sapiência - Foto Divulgação

Rincon Sapiência apresenta olhar sobre as experiências vividas na periferia de São Paulo em “Jogo de Cintura”

Diante da complexidade que é existir dentro de uma sociedade onde as realidades são muitas…

Diante da complexidade que é existir dentro de uma sociedade onde as realidades são muitas e, por vezes, padrões de ‘modo de vida’ e ‘sucesso’ são ditados a partir de uma única perspectiva, geralmente baseada na sobreposição de uma raça, classe e cultura sobre a outra, Rincon Sapiência traz em “Jogo de Cintura” a sua perspectiva sobre ser um corpo preto que vive o cotidiano periférico.

O rapper, já conhecido por mesclar o rap com outros gêneros musicais em suas produções, se lançou mais uma vez na batida do funk para este primeiro trabalho do ano. O clipe nos mostra um pouco a história de um casal periférico que vive entre o flerte e as responsabilidades cotidianas. A faixa estará disponível a partir da 00h e o clipe a partir das 20h do dia 1 de março, lançado através do selo Mgoma.

A mensagem é propor para a gente contradizer algumas estatísticas e aquilo que a gente foi condicionado. Quando a gente vive nesse ambiente periférico, a gente é condicionado a seguir algumas diretrizes. E quando você tem essa virada de chave, entende que pode ter sim uma vida honesta e digna na própria periferia. Vivenciar lá, viver lá, consumindo, comprando, se divertindo. Também expandir os horizontes, mesmo residindo em ambiente periférico.

O clipe é dirigido pelo próprio Rincon Sapiência e traz uma perspectiva do seu olhar sobre o ambiente periférico, que apesar de ser um lugar de encontros, festejos e flertes, como revela a letra da música, é também um ambiente de luta. Onde as pessoas estão preocupadas com a família, estão trabalhando, consumindo, abastecendo suas vaidades. “Quis mostrar uma vida periférica divertida, porém sem alegorias.”, diz o rapper.

“A gente sempre trabalha com diferentes diretores, todos muito competentes, que colocam no audiovisual a minha obra musical num patamar muito legal. Mas quando a gente consegue contar a nossa própria história a partir do nosso olhar, a gente acaba conseguindo explorar outras linguagens. No caso do videoclipe, tem uma inspiração totalmente no cinema. A textura lembra o cinema e a narrativa em nenhum momento tem eu cantando ou algum tipo de performance musical. A atmosfera é sobre o meu olhar, os ambientes que circulo, as coisas que se fazem no dia a dia. Então, trazer o meu olhar deu mais fidelidade para a música e o contexto que eu fiz a composição dela.”, finaliza Rincon.