Chega nesta sexta-feira (26) nas plataformas digitais, “Outro Rolê”, EP do FBC. O novo trabalho do artista mineiro com referência no Drill contém 6 faixas com produção musical de VHOOR, um dos mais jovens talentos do Brasil a subir ao palco mundial.

Em seus trabalhos anteriores, FBC emplacou narrativas sobre sua trajetória. Ele surgiu das favelas de Belo Horizonte, superou desafios e se tornou um expoente da cena. Com “Padrim” segundo trabalho do artista, as músicas discutem assuntos como depressão e racismo estrutural através de crônicas.

[Ouça “Outro Rolê”]

“A estética é o drill, com uma roupagem bem do funk de BH. O VHOOR é o cara! Eu e ele nomeamos “drill de BH”, e pra gringo é macumba brasileira. Os vídeos são uma loucura, eu tô num ritual e do nada broto na Europa. Tem clipe nos Alpes, Roterdã, Amsterdã, Genebra. Os brasileiros tão em Genebra! O que tem de mais diferente é a primeira faixa, Champs-Élysées, escrevi achando que ia pra França, acabei não indo por causa do Coronavírus” comenta FBC.

FBC foi um dos componentes do grupo DV Tribo e despontou no cenário nacional com cyphers diversos, fez parcerias com Sombra, Froid e Cachorro Magro. Em 2016 destacou-se em “Diáspora” junto com seus parceiros Djonga, Clara Lima e Coyote Beatz. Já em 2017 sua participação no Poetas no Topo 2 mostrou FBC para um novo público. Entre projetos pessoais e colaborações totalizam-se mais de 15 milhões de visualizações no YouTube e 420 mil ouvintes mensais no Spotify.

Já as influências musicais de Vhoor são claramente evidentes em seu estilo de produção, incorporando seu amor pelo soul, jazz, hip hop, funk brasileiro, música brasileira dos anos 60 e 70 e ritmos globais da diáspora africana, com referência em produtores como Madlib, J. Dilla, Sango e Kaytranada.

“Outro Rolê” já está disponível em todas as plataformas via ONErpm. Já o clipe será disponibilizado no Youtube da WRM, 21h.

Letras do EP “Outro Rolê”

Champs-Élysées

Champs-Élysées
Champs-Élysées
Champs-Élysées
Champs-Élysées
Champs-Élysées
Champs-Élysées
Champs-Élysées
Champs-Élysées
Champs-Élysées
Champs-Élysées
Champs-Élysées
Champs-Élysées
Essa me bateu uma nostalgia Lembrei quando a gente ia Lá no baile da Vilarinho dançar
Matinê dos cria
Diversão e ousadia, era de lei Geral tirava o domingão pra zuar
Mangueboy
Homem livre
Made in beco
Champs-Élysées
Champs-Élysées
Champs-Élysées
Champs-Élysées
Champs-Élysées
Champs-Élysées
Champs-Élysées
Champs-Élysées
Champs-Élysées
Beco favela
Córrego lama
Beco favela
Córrego lama
Beco favela
Córrego lama
Champs-Élysées
Champs-Élysées
Beco favela
Córrego lama
Beco favela
Córrego lama
Beco favela
Córrego lama
Champs-Élysées
Champs-Élysées
Essa me bateu uma nostalgia Lembrei quando a gente ia Lá no baile da Vilarinho dançar
Matinê dos cria
Diversão e ousadia, era de lei Geral tirava o domingão pra zuar
Brazilians
Oto role
Brazilians
Oto role
Gol de placa
Pique Neymar
Passe certo
Mbappé
Mangueboy
Free man
Jay Dee
Chico Science
FBC
Depois da Amazonas é oto role Cabana
Bleizona fudendo o role
Mãe cria
Polícia mata
Olha pra VIP
Olha pra Sete
Olha pra Praça
Olha a revolta
Mexe com todos menos com a UFFÉ
Mexe com todos menos com a UFFÉ
Mexe com todos menos com a UFFÉ
Mexe com todos menos com a UFFÉ
Mexe com todos menos com a UFFÉ
Mexe com todos menos com a UFFÉ
Champs-Élysées
Champs-Élysées
Champs-Élysées
Champs-Élysées
Champs-Élysées
Champs-Élysées
Champs-Élysées
Champs-Élysées
Champs-Élysées
Champs-Élysées
Champs-Élysées
Champs-Élysées
Champs-Élysées
Champs-Élysées
Champs-Élysées
Champs-Élysées

Levar a sério

Se eu fosse levar a sério
Cada vez que a lata bateu
Eu sem um centavo
Humilhado por outros no privilégio Que a vida nunca me deu
Família em primeiro, foi o conselho De um bandido mais velho
Daqueles que a mãe já morreu
Se eu fosse levar a sério
Tinha uma lápide
Sem meu nome de nascimento
Indigente vai assim mesmo
O esquecimento
Rapaz tu é da quebrada
Inteligente, pega essa draga
Toma essa carga e fica de boa
Esse plantão já é seu
Se eu fosse levar a sério
Se eu fosse levar a sério
Se eu fosse levar a sério
Tinha uma pá no Consolação
Podendo provar que a morte é uma certeza E a vida tem seus mistérios
A vida tem seus mistérios
A vida tem seus mistérios
Me pôs de frente os estéreos
Fiz música ministérios
Levando esperança até quando não tinha Um centavo no bolso pro Minister Mas pagava de brabo pro mundo vê Mano eu sou DV
E sempre vou ser
Mas se me dever
Não vou perdoar
Não tenta não
Não tenta não
Eu vou cobrar
É que quando se fala em grana
Puta te mata, amigo te trai
Isso me levaria pra merda
Se eu fosse levar a sério
Se eu fosse levar a sério
Se eu fosse levar a sério
Se eu fosse levar a sério
Se eu fosse levar a sério
Se eu fosse levar a sério
Se eu fosse levar a sério
Se eu fosse levar a sério
Se eu fosse levar a sério
Se eu fosse levar a sério
Se eu fosse levar a sério
Toda vez que onda bate
Sem necessidade
Não fiz faculdade
Se não for essa porra
Deus quem sabe
Se vou tá com os irmão em cima da laje
Não falta lealdade
Com quem me acolheu na humildade
É só olhar no olho
A gente entende a gente sabe
Deus perdoe e deu o dom dessa mensagem
Já que eu nem taria aqui
Se não fosse levado a sério por Deus

Baile de Ladrão

É o Drill de bocada
É o Cabanão
Na Mãe dos Pobres
Tá rolando
Barraginha
Tá rolando
Do preto e do branco
Tá rolando
Do preto e do branco
Tá rolando
Caldeirão
Tá rolando
Sumaré
Tá rolando
É o Cabanão
Tá rolando
É o Cabanão
Tá rolando
Um saco de nota, outro de droga
Mais de vinte maluco de rádio
Gritando olha sopa, misericórdia
Tudo paz, ódio não falta
Se der merda vai ser sua culpa
Filha da puta
É o bonde do UFFÉ
12 horas o plantão, mas não é a UPA
Respeito com os morador
Pouca idéia pra falador
E quem desacreditar
Vai conhecer a Várzea das Flor
É que homi lá dentro já tá com saudade dos baile aqui fora e quer paz na favela Que na próxima descida vai da bom
Vai ter baile de ladrão
Vai ter baile de ladrão
Vai ter baile de ladrão
De ladrão
De ladrão
Vai ter baile de ladrão
Vai ter baile de ladrão
Vai ter
Um milhão de bandida
Bem loca de lança
Sarrando nos cria de peça na mão
Na Savassi
Tá rolando
Belvedere
Tá rolando
Funcionários
Tá rolando, tá rolando
Engraçado, quem morre é nois Quem vai preso, advinha é nós Se a lei não alivia nós
A solução é virar playboy
20 caixa de doze tiro
Ouviu?
Já que aquele pilantra que me deu tiro Caiu
Mãe no céu vai me perdoar
Se eu fizer outra mãe chorar
Meu filho tá aí
Se eu morrer ninguém vai cuidar
Sai da frente, lá vem eles
É quadrilhada
Portando Lacoste, doze mola Munição estendida
Diferente como a gente, combina berma e boné
E a nave e aqueles pique né, nunca vi bandido a pé
Nós respeita viado, mulher
É tudo cliente, pode subir
A boca do lixo tá linda, vai fluir
Eu já liguei pro Mau Mau, pro Romarim
É tropa do moço, é eu por ele, eles por mim
Vai ter baile de ladrão
Vai ter baile de ladrão
Vai ter baile de ladrão
De ladrão
De ladrão
Vai ter baile de ladrão
Vai ter baile de ladrão
Vai ter
Um milhão de bandida
Bem loca de lança
Sarrando nos cria de peça na mão

Dia de Luxúria

A União da Força e da Fé
A União da Força e da Fé
A União da Força e da Fé
Um quilo de prata, mais dois de fé Aqui é o pai do seu filho né
Vilão, showman
PADRIM, UFFÉ
Um irmão na tranca, mais dois no céu É foda, é foda
Um corre ou outro, nós mete bronca Queimando esse mato
É o corre das onça
Um advogado pra cada caso Irmão, é isso
Um corre pra cada situação
Se for preciso
Temos o contato no Paraguai Fala aí, é o moço
Aquele que é dono do avião
Da comissária e do aeroporto
A fita não é ser pé rapado
Mesmo se eu tiver hypado
Pra chegar aqui assim
Foi muito trampo flopado
Eu faço a coisa ficar séria
Esse é meu dia de fúria
Já que eu vivi na miséria
Meu momento de luxúria
Um quilo de prata, mais dois de fé Serião, é isso
Aqui é o pai do seu filhinho
PADRIM, ou Fabricio
No morro bolado girando dinheiro Igual Cardi B
Sem crescer os zói na minha parte Aqui playboy não é Carti
É freguês
Segurança pra família
Minha dona no suave
Joga a bunda na minha cara
Que eu fico apaixonado
Amo isso, você sabe
E tu ama quando eu fodo
Nós dois junto nesse quarto
Faz a casa pega fogo
No beat do VHOOR você sobe e desce
Sobe, desce
No beat do VHOOR você perde a linha
Empina esse rabo
Acende a planta que eu to no pique
Tapão na sua bunda
Adoro quando cê fala comigo:
“Me fode de quatro”
Um quilo de prata, mais dois de fé
Aqui é o pai do seu filho né
Vilão, showman
PADRIM, UFFÉ
Um irmão na tranca, mais dois no céu
É foda, é foda
Um corre ou outro, nós mete bronca
Queimando esse mato
É o corre das onça
Um advogado pra cada caso
Irmão, é isso
Um carro pra cada situação
Se for preciso
Temos o contato no Paraguai
Fala aí, é o moço
Aquele que é dono do avião
Da comissária e do aeroporto

Gameleira

A União da Força e da Fé
A União da Força e da Fé
A União da Força e da Fé
A União da Força e da Fé
Na ladeira
Olha o brilho nos olhos daqueles que sofrem
Seu sangue, seus cantos de trabalho
Que deram cor a essa madeira, brasileira
Depois que chove
Algo acontece, magia
Minha mãe, minha filha, imitam minha vó
Dançando descalço em volta da fogueira ô ê ô
As pedras que constroem os muros do Centro Refletindo o vermelho que ao gueto atinge
É o vespeiro
Morro das Pedras, Cabana
É o vespeiro
Santa Luzia, Betim
É o vespeiro
Nosso azul é tão sim, cinza
Secos em julho, verdes em janeiro
Trabalhadores da terra, somos brasileiros
Peões de um tabuleiro
Tanta água, e a sede é por justiça
Acordo entre eles, é o que a Maju diz
Abro a cerveja, é tanta notícia triste
Deprê quase me pega por um triz
O que eu fiz?
Fui fumar embaixo da sombra da Gameleira que atinge o céu
Não é Embaúba mas cheira
Mais que a dama que chega de noite
E perfuma a vizinhança inteira
Na ladeira
Olha o brilho nos olhos daqueles que sofrem
Seu sangue, seus cantos de trabalho
Que deram cor a essa madeira, brasileira
Depois que chove
Algo acontece, magia
Minha mãe, minha filha, imitam minha vó
Dançando descalço em volta da fogueira ô ê ô
As pedras que constroem os muros do Centro
Refletindo o vermelho que ao gueto atinge
É o vespeiro
Morro das Pedras, Cabana
É o vespeiro
Santa Luzia, Betim
É o vespeiro
Nosso azul é tão sim, cinza
Mortos em julho, verdes em janeiro
Trabalhadores da terra, somos brasileiros
A União da Força e da Fé
A União da Força e da Fé
A União da Força e da Fé
A União da Força e da Fé

Sincero Foda-se

Vesti minha armadura, meus anéis, e fiz minha oração
A força que ainda resta, puro ódio, em meu coração
E a raiva se precisar, e o que podem esperar
É o meu sincero foda-se
Quem riu quando eu chorei, agora quer chupar e foda-se Amigos de outra época, hoje inimigos por aqui
Lado a lado com você é só você e foda-se
Já que o covarde pensa com as pernas
Reconhecer
Poucos a quem se ajudou de fato vão te agradecer
Vão te cuspir
Quando você cair eles vão te esquecer
Assim que se descobre
Se a de fé não for é foda
Seus menor vão tá na merda
Pronto a repetir o que você fez de um jeito pior
Da mesma forma, só que bem pior
Pra polícia matar, e ela não tem dó
O foda é pensar nisso quando quer ligar o foda-se
Vagabundas na piscina que mais parecem a Frozen
Me chupando na sacada, Copacabana Palace
Dá até pra esquecer que minha mãe e meus irmãos passaram fome aqui Não, não
Vesti minha armadura, meus anéis, e fiz minha oração
A força que ainda resta, puro ódio em meu coração
E a raiva se precisar, e o que podem esperar
É o meu sincero foda-se
Quem riu quando eu chorei, agora quer chupar e foda-se Amigos de outra época, hoje inimigos por aqui
Lado a lado com você é só você e foda-se
Já que o covarde pensa com as pernas
Respeito e lealdade, as bandeiras da minha facção
UFFÉ
Aqui o crime não é ficção
UFFÉ
Quando eu tava quebrado
E a sorte parecia ter escolhido outro lado
No domingo nem tinha cigarro
Pros amigo que tão preso aí
Hoje nós tá vivão
E no mundão nós grita um foda-se
Com conhaque bom no peito
Meu ódio merece uma companhia de respeito
E trás o Hennessy
Vesti minha armadura, meus anéis, e fiz minha oração
A força que ainda resta, puro ódio, em meu coração
E a raiva se precisar, já o que podem esperar
É o meu sincero foda-se
Quem riu quando eu chorei, agora quer chupar e foda-se
Amigos de outra época, hoje inimigos por aqui
Lado a lado com você é só você e foda-se
Já que o covarde pensa com as pernas