Neto Kbção retrata a dualidade de uma favela que protesta e que dança

“Fiz Ezze Rep” conta com a participação de Drão e reposiciona Kbção na cena, que com 17 anos de Hip-Hop passa visão para a juventude.

Em uma nova fase da carreira, Neto Kbção traz para sua discografia a mistura entre o trap e o funk, mas avisa:

“Eu tenho 77 mil flows, sou o coroa que está sempre se renovando e Nunka Kai, então não esperem mais do mesmo”.

O single lançado sexta-feira, 07 de agosto, em todas as plataformas de streaming, traz o refrão que fala de uma identidade negra periférica que não pode se perder no meio do game. O clipe caminha na mesma dialética.

”Fiz esse rap pra você chamar de seu, antes de tudo não esqueça quem cê é”. Assim começa a música responsável por reapresentar o artista baiano marcado pelo álbum ‘Várias Queixas’. Neto cantou as dores do homem negro que vive a trincheira da guerra às drogas desde que iniciou no movimento Hip-Hop, em 2004. A escrita de protesto levou o grupo do qual fazia parte, a alcançar o reconhecimento regional, abrindo shows como Racionas MCs, MV Bill e Facção Central. Ainda como o cara que faz parte da velha escola do Rap baiano, agora Kbção pretende trazer outras referências para sua música.

Assista “Fiz Ezze Rep”:

Saiba mais sobre Neto Kbção:

Kbção é nascido e criado na periferia do Calabetão, em Salvador, filho de dona Ana. Começa no Hip-Hop em 2004 com o Cotidiano Suicida, na conexão com o bairro São Caetano, tradicional pela influência do movimento. Com o grupo Da Rua, lança o EP Vida Fácil: Da Rua Para Rua, o clipe Barril Barrote, em 2008, e em 2009 levam o 2º lugar no Festival Hutuz Bahia. Em 2014, já em carreira solo, lança o clipe “Eu Tive que Subir” e 2016, o álbum Várias Queixas, abrindo um hiato que só é retomado em 2019.