
Baco Exu dos Blues traz a terapia como narrativa central do seu novo álbum “HASOS”
“Eu sempre fui tratado como um galo de briga. Eu tive que estudar a arte…
“Eu sempre fui tratado como um galo de briga. Eu tive que estudar a arte da guerra. Eu conheço todos os guerreiros… eu era um aniquilador, eu nasci pra isso. E agora que esses dias passaram, estou vazio. Eu não sou ninguém. Eu estou trabalhando na arte da humildade. Você acredita em mim?”. Essas são as palavras que abrem “HASOS”, quarto álbum de estúdio do cantor e compositor Baco Exu do Blues.
Com 18 faixas, entre canções e textos profundos, um dos maiores nomes da cena contemporânea brasileira expõe suas falhas, sentimentos e nos convida a olhar para dentro. É um álbum além da música, com cenas fortes, temas preciosos e aquele som específico que apenas Baco Exu do Blues sabe fazer. “Eu sou a nova Tropicália em fragrâncias, um baiano com um cheiro arrogante, Caravaggio desenhando com um colar de Ghandi”, se define o cantor na faixa “Caravaggio de Ghandi”.
“HASOS” traz participações que ajudam o artista a colocar os ouvintes no divã, para que entendam que o Hip hop e a música brasileira são excelentes instrumentos para acordar para a realidade. Vanessa da Mata, Teto, Zeca Veloso, Sued Nunes, Joyce Alane, Mirella Costa, IVYSON e Carol Biazin formam o time. Nos interlúdios as interpretações são de Fabrício Boliveira, Luiz Carlos Persy, Raphael Logam, Wesley Reis e Luellem de Castro. Além desses nomes, a atriz Cláudia di Moura participa ao lado de Persy do teaser oficial e a bailarina Ingrid Silva assina a coreografia do clipe da faixa, “Que eu Sofra”, uma das mais impactantes.
Produzido por Marcelo Delamare, Marcos Maurício, Dactes e JLZ, “HASOS” chega através do selo 999 e Sony Music nesta terça, 18 de novembro, e revela novas facetas de Baco. O artista que mudou a cena do Rap nacional, ganhou troféu em Cannes – em cima de seus ídolos Beyoncé e Jay Z – levou seus versos para Europa, coleciona prêmios e mais de um bilhão de streams, comprova, com este álbum, que ainda vai contribuir muito para a música do mundo.
“Um pouco. Mal posso esperar pra morrer de amor de novo. Um pouco”. Dizem os últimos versos de “HASOS”, que mais parecem um mergulho bem profundo em cicatrizes da vida.