Confira uma playlist com mulheres no comando do hip-hop internacional, desde os anos 90, com MC Lyte e Salt-N-Pepa, até os dias atuais com Cardi B e Megan Thee Stallion.

O hip-hop internacional, assim como outros gêneros musicais e a sociedade em geral, nem sempre foi receptivo às mulheres. Embora em 1993, 2Pac já abordasse questões familiares em suas músicas, como a responsabilidade das mães em criar os filhos sozinhas, e em 1996, Common se unisse a Lauryn Hill para discutir a maternidade versus o casamento, as mulheres ainda enfrentavam obstáculos para fazer ouvir suas próprias vozes e compartilhar suas experiências além desses temas.

Criamos uma playlist com músicas de rap cantadas por mulheres. E Confira abaixo as nossas escolhas:

MC Lyte: A pioneira do hip-hop feminino

MC Lyte foi a primeira rapper indicada ao Grammy, em 1993, com a faixa “Ruffneck”. Ela já tinha uma carreira sólida, iniciada nos anos 80, e foi a primeira a lançar um álbum completo de hip-hop em 1988, intitulado “Lyte As Rock”. “Ain’t No Other”, o álbum que contém “Ruffneck”, foi o quarto de sua carreira. Além de rapper, MC Lyte também é atriz, MC e DJ.

DaBrat: Uma vitória para as mulheres no hip-hop com um disco de platina

DaBrat iniciou sua carreira em 1992 e conquistou um disco de platina com seu primeiro álbum, “Funkdafied”, lançado em 1994. Ela também é conhecida por suas colaborações com artistas como Destiny’s Child, Kelly Rowland e Mariah Carey. Além de sua carreira musical, DaBrat se tornou mentora de jovens adultos em programas de reality show e atualmente participa de um programa que retrata a vida de lendas do hip-hop e seus filhos, mostrando que continua ativa no cenário.

Queen Latifah e Salt-N-Pepa: As primeiras mulheres do hip-hop a receberem um prêmio Grammy
No 37º Grammy Awards, Queen Latifah e Salt-N-Pepa se tornaram as primeiras rapper a receber um prêmio, em 1995. Queen Latifah, que também é escritora, produtora e atriz, ganhou um prêmio pela música “U.N.I.T.Y.”, que aborda os direitos das mulheres. Salt-N-Pepa, que se separou em 2002 e retornou em 2005, recebeu o prêmio pela música “None of Your Business”.

Lil’ Kim:

Em 1996, em uma época em que a discussão sobre estereótipos e tons de pele era ainda mais presente para mulheres negras, Lil’ Kim alcançou um recorde de vendas com o lançamento de seu álbum “Hardcore”. No videoclipe de “Crush On You”, ela apresentou vários looks e perucas para combinar com cada visual, desafiando estereótipos desde então.

Lauryn Hill:

Não é à toa que Ms. Lauryn Hill está na capa deste artigo. O impacto de Lauryn Hill não se limita apenas às mulheres no hip-hop. Com o lançamento de seu primeiro álbum, “The Miseducation of Lauryn Hill”, em 1998, que recebeu 10 indicações, ela se tornou a primeira mulher a ganhar cinco prêmios Grammy na mesma noite, desafiando tanto o racismo quanto o sexismo. Além disso, foi o primeiro ano em que um álbum de hip-hop conquistou o prêmio de Melhor Álbum do Ano.

Missy Elliott:

Missy Elliott foi a primeira artista de hip-hop a ser incluída no Hall da Fama dos Compositores. Desde então, poucos rappers alcançaram essa honraria. Mas quem pode negar a influência de Missy Elliott? Embora esteja um pouco mais discreta ultimamente, ela acumulou diversas indicações e ganhou quatro prêmios Grammy.

Cardi B:

Vinte anos depois de Lauryn Hill, Cardi B fez história ao receber o prêmio de Melhor Álbum de Rap com seu álbum de estreia solo, “Invasion of Privacy”, muito aclamado no ano passado. Um dos destaques do álbum é o vídeo de “I Like It”, que acumula mais de um bilhão de visualizações no YouTube.

Nicki Minaj

Para muitos, Nicki Minaj é indiscutivelmente uma das maiores influências do hip-hop atual. De acordo com a Billboard, com sucessos anteriores como “Anaconda” e “Trollz”, ela se tornou a primeira artista a ter 100 músicas listadas na parada Hot 100. Certamente, ela é uma referência no hip-hop contemporâneo.

Cardi B e Megan Thee Stallion

Aqui estamos novamente com Cardi B. E com razão, pois ela e Megan Thee Stallion conquistaram um marco importante: “WAP” se tornou a primeira colaboração feminina de rap a atingir o topo da lista Hot 100 da Billboard e se tornou a música mais reproduzida em streaming em sua semana de estreia. Com uma produção marcante, é difícil negar o sucesso. E, com certeza, você deve ter visto muitas pessoas dançando a coreografia nas redes sociais.