O rapper Kanye West — que agora adota o nome artístico Ye — é alvo de um inquérito civil no Ministério Público de São Paulo (MPSP) visando proibi-lo de apresentar a música “Heil Hitler”, lançada em maio, que glorifica o líder nazista Adolf Hitler, em um show marcado para o próximo dia 29 de novembro em São Paulo.

Notificação de Prisão em Flagrante

A promotoria de Justiça de Direitos Humanos já notificou o Policiamento de Choque para que uma equipe permaneça de prontidão durante o evento. O objetivo é prender o rapper em flagrante “caso ele cante uma música ou faça qualquer apologia ao nazismo”.

O MPSP determinou que, se a situação ocorrer, também devem ser presos em flagrante dois dos promotores do show, Guilherme Cavalcante e Jean Fabrício Ramos (Faublous Fabz), sob acusação de omissão.

Medidas Preventivas e Crime de Racismo

A iniciativa surgiu a partir de uma notícia de fato apresentada pela vereadora Cris Monteiro (NOVO), que atua no combate ao antissemitismo. O pedido da vereadora solicitava medidas “preventivas”, como o veto à execução da nova música e a proibição do uso de símbolos antissemitas.

Em despacho datado de 13 de outubro, a promotora Ana Beatriz Pereira de Souza Frontini oficiou o Cyber GAECO (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) para que impeça West de cantar ou divulgar “Heil Hitler”, ou utilizar camisetas com suásticas ou qualquer outro símbolo nazista em qualquer momento de exposição pública no Brasil, incluindo suas redes sociais.

O MPSP determina que, caso as orientações sejam descumpridas, Kanye West e os produtores poderão ser presos em flagrante por crime de racismo. Além disso, os empresários podem ser condenados por danos morais coletivos, com valores proporcionais aos custos de promoção do show. A informação foi publicada inicialmente pelo Metrópoles.