O rapper e empresário Sean “Diddy” Combs teve seu pedido de libertação sob fiança negado em audiência nesta quarta-feira, 2 de julho, horas após ser condenado por duas das cinco acusações que enfrentava na Justiça dos Estados Unidos. As penas para os crimes pelos quais Diddy foi considerado culpado ainda não foram definidas, mas podem chegar a 20 anos de prisão.

O juiz propôs uma audiência de sentença para 3 de outubro, mas indicou que a data pode ser antecipada caso a defesa solicite. Até a definição da sentença, Diddy permanecerá preso. Ao negar a fiança, o juiz afirmou que Combs demonstrou “desrespeito pelo Estado de direito e propensão à violência”, reiterando uma decisão anterior de manter a prisão.

Preso desde setembro de 2024, Diddy celebrou o resultado do julgamento, mas mantém sua alegação de inocência em todas as acusações. Ele foi considerado culpado pelo crime de transporte para fins de prostituição em dois casos distintos e absolvido das demais acusações, que incluíam tráfico sexual e conspiração para extorsão.

Detalhes do Julgamento e Acusações

O caso envolvendo o magnata da música e símbolo do rap dos anos 1990 começou a ser julgado em maio. O processo contou com depoimentos, vídeos, imagens e argumentações da defesa e da promotoria. O júri foi composto por 12 pessoas, sendo oito homens e quatro mulheres.

Veja as acusações pelas quais Diddy foi julgado, os vereditos e as possíveis penas:

• Conspiração para extorsão: Acusado de operar uma empresa criminosa que facilitava tráfico sexual, distribuição de drogas, coerção e violência. Diddy foi inocentado. A pena para essa acusação poderia chegar à prisão perpétua.
• Tráfico sexual por meio de força, fraude ou coerção (caso envolvendo Cassie Ventura, ex-namorada do artista): Diddy foi inocentado. A pena para essa acusação poderia ser de 15 anos a prisão perpétua.
• Transporte com fins de prostituição (caso envolvendo Cassie Ventura): Diddy foi considerado culpado. A pena pode chegar a 10 anos de prisão.
• Tráfico sexual por meio de força, fraude ou coerção (caso envolvendo Jane Doe): Diddy foi inocentado. A pena para essa acusação poderia chegar à prisão perpétua.
• Transporte com fins de prostituição (caso envolvendo Jane Doe): Diddy foi considerado culpado. A pena pode chegar a 10 anos de prisão.

Após o veredito, o juiz Arun Subramanian, que presidiu o caso, agradeceu aos jurados pelo “sacrifício”. Conforme reportado pelo jornal The Guardian, o juiz declarou: “Quero que saibam que isso é inspirador para todos nós. Vocês ouviram, trabalharam juntos, estiveram aqui todos os dias, chova ou faça sol. Vocês fizeram isso sem nenhuma recompensa, além da recompensa que vem de atender ao chamado do serviço público. Isso deve dar esperança a todos nós”.