O julgamento de Sean “Diddy” Combs, uma das figuras mais influentes do hip-hop nas últimas décadas, segue repercutindo amplamente ao expor graves acusações envolvendo abuso físico, emocional e tráfico sexual. O caso está sendo julgado em um tribunal federal em Manhattan, Nova York.

Combs é acusado de conspiração para extorsão, transporte para prostituição e tráfico sexual por força, fraude ou coerção. As denúncias abrangem um período de aproximadamente 20 anos, de 2004 a 2024, e, se confirmadas, podem levar o artista à prisão perpétua.

Entre os depoimentos mais impactantes está o da cantora Dawn Richard. Ela relatou um episódio de agressão ocorrido em 2009, quando presenciou Combs agredindo sua então namorada, Casandra Ventura, conhecida como Cassie, em uma residência em Los Angeles. Segundo Richard, o produtor teria arrastado Cassie pelos cabelos e a espancado, além de ameaçar as carreiras das pessoas que testemunharam a cena.

Cassie é uma das principais testemunhas do processo. Ela afirma que foi forçada por Combs a participar de festas com conteúdo sexual explícito, conhecidas como “Freak Offs”, onde o uso de drogas era frequente. O relacionamento entre os dois teria sido marcado por episódios de violência, coerção e abuso psicológico.

O julgamento levanta debates sobre o uso de poder e influência dentro da indústria da música, especialmente envolvendo artistas e executivos de alto escalão. Combs, também conhecido como Puff Daddy ou P. Diddy, foi responsável por impulsionar as carreiras de nomes como Mary J. Blige e Notorious B.I.G. Agora, seu legado corre risco diante das graves acusações.

O processo segue em andamento, com novos depoimentos previstos para as próximas semanas. Dawn Richard deve retomar seu testemunho em breve, e o julgamento pode se estender por até dois meses. A decisão do júri poderá ter impactos significativos não apenas na vida e na carreira de Sean Combs, mas também em como a indústria da música lida com denúncias de abuso e assédio daqui em diante.