Com Xenia França, Rashid e Maria Gadú, Timeline lança seu 1º disco

Conectando passado, presente e futuro, em um resgate ancestral por meio da tradição e oralidade,…

Conectando passado, presente e futuro, em um resgate ancestral por meio da tradição e oralidade, projeto conta com as participações especiais de Rashid, Xenia França e Maria Gadú

Timeline Trio acaba de lançar seu primeiro registro de estúdio, “Oroboro”, composto por 12 faixas. Produzido por Lourenço Rebetez, disco já está disponível em todas as plataformas digitais e figura entre os projetos de música instrumental que, para além desse gênero, é pensado como canção.

“Nosso objetivo e impulso criativo sempre foi destacar a composição e tudo o que viesse a fazer parte do som deveria, naturalmente, evidenciar esse aspecto”, explicam os artistas que recebem nos vocais, como convidados especiais, Rashid, Xenia França e Maria Gadú

Das inspirações encontradas nas cantigas de candomblé, passando pelo legado de Hermeto Pascoal e o encontro com os beats de J-Dilla, O compilado sonoro enaltece as riquezas da musicalidade afro-brasileira, indígena e seus desdobramentos históricos. Tudo isso enquanto, profundamente, dialoga com nosso tempo e localidade urbana. A missão é revelar, uma a uma, as conexões que já existem entre os ritmos tradicionais e as produções de massa: essas que estão nas rádios.
Soando cru e ao mesmo tempo orquestral, o álbum se aproxima do rap, da linguagem eletrônica, dos clássicos, dos toques puristas, ruidosos, limpos e telúricos.
Nesse caldeirão eletrizante, apresentam uma visão de mundo onde a espiral do tempo une aqueles que estiveram em nosso campo de vibração até hoje.
“É importante perceber os elos que nos conectam com aquilo que crescemos ouvindo nas FMs. Seja qual for a posição do dial, hoje percebemos a identidade diaspórica que cada hit guarda. Esse é um grande resgate. O maestro Letieres Leite apontou o caminho e nos mostrou as escolhas do racismo cultural que se apropriou e se apropria da herança dos povos vindos de África. Uma apropriação indébita, imoral, que forjou não só a cena brasileira, mas também a americana. Somos mais uma voz que procura apontar essa questão”, ressaltam.
“Oroboro” é, então, um túnel que conecta a guitarra de Nile Rodgers com o Ijexá dos Filhos de Ghandy, a bateria de Chris Dave com as cantigas de Oyá, os cantos de aboio com as pentatônicas de Stevie Wonder, entre outras conexões audíveis.

Confira: