O projeto de lei apelidado de “anti-Oruam” teve avanço nesta quarta-feira (15) na Câmara Municipal de São Paulo. A proposta visa proibir a contratação de artistas que façam apologia ao consumo de drogas e ao crime organizado em eventos financiados com recursos públicos.

Apresentado pela vereadora Amanda Vettorazzo (União), o projeto não cita nomes diretamente em seu conteúdo, mas foi batizado informalmente pela própria parlamentar como “anti-Oruam”. Além disso, Vettorazzo lançou um site com esse nome, que inclui imagens do cantor, com o objetivo de incentivar a replicação da proposta em outras capitais do país.

A medida tem gerado controvérsias. Pesquisadores e ativistas apontam que o projeto pode representar uma tentativa de censura e perseguição a manifestações culturais oriundas das periferias, como o rap e o funk.

Em fevereiro deste ano, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), manifestou apoio ao projeto e defendeu a postura da vereadora. Segundo ele, a proposta não representa um ataque aos gêneros musicais funk ou rap, mas estaria direcionada a uma figura específica.