A produtora cultural, brincante e capitã da Rosa dos Ventos recebeu a premiação na quarta-feira (8).

Na noite da última quarta-feira, 08/11, no Cine Brasília, a Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF (Secec-DF) premiou mulheres do Distrito Federal que contribuem para o cenário cultural e combate à violência contra a mulher. A produtora cultural, brincante e presidenta da Rosa dos Ventos — Instituto de Arte, Cultura e Cidadania — Stéffanie Oliveira, esteve entre as 15 homenageadas da categoria “Geral”. Além disso, a Secec premiou representantes de outras cinco categorias: PcD, acima de 60 anos, negras, quilombolas e indígenas. Entidades também receberam o prêmio.

“Eu quero parabenizar todas as mulheres. Que vocês possam ser cada vez mais protagonistas de suas histórias e estar nos palcos, em cena, revelando o que cada uma faz com a arte e com a cultura, trazendo o poder de nos encantar”, declarou Dayanne Timóteo, Subsecretária de Ações Temáticas e Participação Política da Secretaria da Mulher, durante abertura do evento.

Segundo a Secretaria, a iniciativa é fruto do Edital N°5/2023, publicado no Diário Oficial do Distrito Federal, que destinou recursos de R$ 800 mil do Fundo de Apoio à Cultura para reconhecer o trabalho dessas mulheres e entidades. A premiação inclui prêmios de R$ 10 mil para 50 agentes culturais e de R$ 30 mil para 10 entidades culturais que se destacaram no enfrentamento, prevenção ou combate à violência contra as mulheres por meio da cultura.

Reconhecimento 

Stéffanie fundou a Rosa dos Ventos em 2011 com intuito de pesquisar, difundir, produzir, comunicar e fomentar a arte que carrega em sua essência a identidade brasileira, abrindo caminhos em todas as direções e desbravando os segmentos da música, do teatro, da dança, do cinema e da literatura. Essa corrente tem como uma de suas principais missões o empoderamento das mulheres que atuam como agentes culturais, mestras e brincantes.

Com uma bagagem potente, que abarca desde a direção de festivais simbólicos, como a Festa das Águas (celebração do 2 de fevereiro no DF), até o São Batuque (festival que celebra as culturas de matrizes africanas e populares), passando pela criação e condução de espetáculos, elaboração de livros, produção de filmes, condução de oficinas artísticas, entre outras realizações, a Capitã da Rosa dos Ventos tem desempenhado um relevante papel na difusão e fomento da cultura no Quadrado.

“Este prêmio vem como uma importante forma de reconhecimento do trabalho que desempenho há tantos anos. Valorizar a competência das mulheres que são maioria no mercado de trabalho cultural é de extrema importância. Somos a base e o pensamento de muitas iniciativas de cultura popular e afro-brasileira, e estamos, muitas vezes, nos bastidores. Então, colocar essas mulheres à frente, trazendo o reconhecimento da competência, da dedicação e da execução dessas iniciativas culturais é fundamental”, comenta Stéffanie.