Menino Brasileiro de 14 anos é Campeão de Festival Internacional de Dança nos EUA e também em Portugal

Menino Brasileiro de 14 anos é Campeão em Festivais Internacionais de Dança

A pandemia no mundo parou as pessoas, modificou vidas para sempre, adiou os eventos, estabeleceu…

A pandemia no mundo parou as pessoas, modificou vidas para sempre, adiou os eventos, estabeleceu novas regras e novos formatos de vida. Mas, e os sonhos? Esses não foram cancelados! Garante o menino Yeshua Rebelo (14), nascido e criado na cidade de São Paulo, conhecido no mundo da dança e na Cultura Hip-Hop como B-Boy Eagle, o garoto que faz parte da Dream Kids Brazil, um grupo de crianças que tem representando o país nos eventos de Danças Urbanas internacionais, no mês de abril participou do Festival de Dança All Dance Intercontinental, que acontece normalmente na Flórida, mas esse ano em função da pandemia foi on-line, reunindo dançarinos do mundo inteiro. Eagle competiu na categoria “Urban Dance” conquistando o primeiro lugar para o Brasil.

No final do mês de maio, o menino participou também do Festival Norte Dança, que aconteceu na cidade de Porto e é um dos festivais de dança mais antigos de Portugal, o evento teve mais de 1.500 dançarinos inscritos, onde ele ficou novamente com o primeiro lugar na categoria Hip-Hop, levantando novamente a bandeira brasileira.

Fora das competições, Eagle é um menino tranquilo, treinado pelo B-Boy Dunda, dedica boa parte do seu tempo aos treinos de Breaking e às coreografias, pois seus objetivos são grandes! Mas, como toda criança, gosta de jogar video-game e também curte cubos mágicos. Ele se prepara para poder participar das Olimpiadas, agora que o Breaking virou um esporte olímpico e também quer morar fora do Brasil e viver o resto de sua vida de espetáculos de dança.

O menino começou a dançar cedo, com 4 anos. Seu primeiro contato com a dança foi por meio do Sapateado, sua referência inicial na dança foi Michael Jackson e Fred Astaire, depois conheceu o Breaking e desde então jamais se separou dele. Hoje faz parte do time de dançarinos da Street House – Casa de Cultura Urbana e também da Dream Kids Brasil, junto com sua irmã, a B-Girl Angel do Brasil (11). Eagle esteve presente em diversos eventos nacionais e internacionais, destaque para: 1º Lugar no Beach Celebration (SP), Rival vs Rival (SP), Master Crews (SP), Breaking Combate (SP). Em Portugal, em Braga, conquistou premiação para o Brasil no Mundial B.de Dança, no Breaking Kids 1vs1 e competiu na Porto World Battle em 2019 ficando no Kids entre os 16 melhores do mundo. Participou ainda no Quando as Ruas Chamam (DF), 3º lugar no Peruíbe Dance Festival (SP), Tattoo Experience (SP), Cidade vs Cidade (Santos/SP), São Vicente Festival (SP), 2º lugar no Break SP Battle, Battle Force na Streetopia da Nike (SP), Cypher Battle in Shangai (SP), Battle In the Cypher (SP), Red Bull BC One Camp Brazil (SP), R16 (SP),1º lugar no Kids Batalha Final, 1º lugar no individual e dupla do Arte Educação Breaking, 1º lugar Quebrada Viva Battle, 2º lugar na Batalha da Casa em Perus na Casa do Hip-Hop, 1° lugar no Arena Breaking. O menino, que tem a história dos pais terem vendido o carro de trabalho da família para comprar a passagem para conseguir dançar na Europa representando o Brasil, foi notícia na grande imprensa , no Bom Dia SP (Rede Globo), no portal G1, no Jornal A Tribuna (Globo), Portal Rap Nacional, Portal Bocada Forte, Portal Rede Brasileira de Notícias, Portal OH2C, Portal Vida Loka, Portal Encene-se, Diário de Ceilândia, Portal de Cultura Urbana, Noticiário Periférico, Zona Suburbana, Revista Época, Portal R7 (TV Record) e TV de Braga (Portugal).

Ele conta: “Minha primeira viagem para a Europa foi em 2019 e foi muito boa, fui com o meu coach e tive uma real noção do que quero para minha vida. Não foi fácil chegar até lá, os meus pais venderam o carro que usavam para trabalho para que eu pudesse viajar. Conheci muitos dançarinos, alguns eu já admirava antes de conhecer. Lá os dançarinos são valorizados e eles respiram arte. Quero morar um dia na Europa! Ganhar esses dois eventos internacionais, o All Dance e o Festival Norte Dança esse ano foi mais um passo em direção aos meus objetivos! Quero continuar ganhando eventos, participar das olimpiadas levando o nome do meu país!”.

Esse ano, Eagle ainda pretende competir em algumas battles on-line de Breaking e festivais de dança. Mas o menino garante que a volta presencial só vai acontecer depois de poder tomar a vacina.

São dos pais de Eagle as palavras: “Em meio a esse caos mundial, algumas coisas parecem estar dando certo, como determinados eventos on-line. Para os dançarinos, tem o lado positivo que não é necessário gastar com passagem e estadia para participar de um grande evento fora do país, por meio da inscrição on-line o evento está à sua disposição apenas com um click. Por um outro lado, vejo o quanto é sem graça o evento sem o calor humano, sem as provocações e sem a interação do público. Dançar para uma câmera de celular ou para um máquina fotográfica não é a mesma coisa de dançar com sangue nos olhos, olho no olho. Mas estamos cuidando do presente para que possamos ter um futuro. O Eagle tem o tempo como parceiro de vida, é novo, focado e dedicado. Muitas coisas boas ainda virão. Desde cedo foi ensinado a pensar sobre os próprios movimentos e criar as próprias coreografias e sessions. Esse período de pandemia tem sido, acima de tudo, um tempo de muita criatividade, aprendizado e evolução na dança. Eagle se prepara para dar grandes voos nos próximos anos, sempre com ajuda de Deus.”

Diferenciado em sua dança e com estilo próprio, o menino é uma das grandes esperanças brasileiras da nova geração do Breaking.