MC Cebezinho apresenta álbum “A Favela Não Venceu” e consolida seu destaque nacional

No novo álbum, “A Favela Não Venceu”, MC Cebezinho mergulha ainda mais fundo na realidade da quebrada, trazendo a intensidade e a sinceridade que marcam sua caminhada. O projeto, que chega em todas as plataformas digitais no dia 28 de novembro (sexta-feira), apresenta uma abordagem agressiva e direta, refletindo sobre desafios, contrastes e a sensação de que, apesar das vitórias individuais, a realidade coletiva da favela segue em luta. O artista tem ganhado destaque nacional por reformar a comunidade em que nasceu, que após 30 anos ainda estava sem asfalto e urbanização.

“É uma forma de crítica a todos os órgãos públicos. Porque, na verdade, a favela não deveria nem existir com o tanto de dinheiro que os cofres públicos têm. Uma pequena porcentagem dos bilionários acabaria com a fome do mundo e não conseguem fazer isso. As pessoas guardam tanto dinheiro que parece que isso vai com elas quando morrerem. Mas enfim, a favela não venceu. Muitos favelados vencem, conseguem êxito através de muita luta, muito suor, porque também não é fácil, mesmo a gente evitando todos os caminhos, todas as propostas do inimigo. É uma criança que nasce dentro de uma periferia, que não tem oportunidade, e o que mais ela vai ver ali vai ser o crime. Ainda que ela recuse tudo isso para conseguir ter uma vida digna, ela vai ter que lutar muito”, comenta MC Cebezinho.

O artista, reconhecido também por contribuir com melhorias em sua comunidade, une compromisso social e autenticidade musical para construir um retrato sem filtros do cotidiano periférico. O álbum reforça a visão de quem vive a favela de dentro, mostrando que o progresso existe, mas a batalha continua, e é justamente essa vivência que move sua arte.

“Vi uma reportagem esses dias falando sobre ‘chegar lá’. Mas chegar lá aonde? Que lá é esse? Enquanto existir favela, o mundo vai estar desse jeito aí, porque sempre vão estar pensando mais em si próprios e menos no amor no mundo. Muita vaidade, muita ambição e destruição, quando tem gente que com o simples conseguiria viver e feliz ainda e agradecido. Tanta gente com muito, sem agradecer e ainda roubando”, acrescenta o artista.

Cebezinho faz um projeto para passar uma mensagem aos seus fãs, para que eles entendam o contexto que está estabelecido. “Político nunca vai mudar, vai ser o mesmo monopólio. E vai depender primeiramente de Deus e depois de você mesmo, para fazer mudar o jogo da sua história. E é isso. Não tem segredo para o sucesso. Não tem fórmula, é você batalhar, correr atrás, dia após dia, se lapidar, perseverar, mesmo com toda dificuldade. Dá para ir, dá para chegar. Com muita dificuldade, mas dá. E esse é o caminho, entendeu?”. 

Ouça “A Favela Não Venceu” aqui

TRACKLIST:

1 – Neguin Desaforado – MC Cebezinho, Major RD & Murillo e LT no Beat

2 – Cotidiano Difícil – MC Cebezinho, MC Paulin da Capital & Murillo e LT no Beat

3 – Paz & Amor – MC Cebezinho, MC Brinquedo & DJ Oreia

4 – Na Esquina – MC Cebezinho & Murillo e LT no Beat

5 – Levanta e Vai pra Luta – MC Cebezinho & Murillo e LT no Beat

6 – Altos e Baixos – MC Cebezinho, Salvador da Rima & DJ Oreia

7 – Curvas Tentadoras – MC Cebezinho & DJ GM

8 – Recomeçar – MC Cebezinho & DJ Oreia

9 – Filho da Promessa – MC Cebezinho & Oldilla

Sobre MC Cebezinho:

Criado em Cidade Tiradentes, na Zona Leste de São Paulo, MC Cebezinho iniciou sua trajetória no funk transformando as vivências da favela em música. Desde os primeiros sons gravados de forma independente, ele retrata nas letras a realidade periférica, com temas como ambição, cotidiano e superação, mantendo a autenticidade de quem veio da quebrada. Com esse estilo, alcançou projeção nacional e entrou para as principais paradas musicais. Seu hit “A Danada Me Ligando”, em parceria com MC Tuto e MC Kako, figurou entre as músicas mais ouvidas do país segundo a Billboard Brasil, consolidando seu nome no cenário. Além da carreira, Cebezinho também atua em sua comunidade, usando sua visibilidade para divulgar e apoiar melhorias em Cidade Tiradentes, como o asfaltamento de ruas e ações locais. Sua trajetória mostra como a música pode ser instrumento de transformação e retorno para o lugar de onde veio.