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“Mantendo o Equilíbrio”: EP Une Onga Rupestre, Laika Não Morreu! e Gisele Lira em Crônica Musical Urbana e Dançante

O EP “Mantendo o Equilíbrio” é o resultado coeso de um encontro musical entre o…

O EP “Mantendo o Equilíbrio” é o resultado coeso de um encontro musical entre o rapper Onga Rupestre, a banda Laika Não Morreu! e a cantora Gisele Lira. Em quatro faixas, o projeto condensa o caos urbano, o cotidiano da periferia, o humor ácido e a busca por afeto, entregando uma obra que se encaixa perfeitamente na trilha sonora de quem vive a correria da cidade grande.

A Fusão de Estéticas e Gêneros

A sonoridade do EP é definida pela união de três forças distintas. A Laika Não Morreu! contribui com seu groove rock com pegada eletrônica, um estilo lapidado em palcos que exigem presença real. Onga Rupestre, oriundo da cena de rap de Diadema, traz um olhar de cronista, com rimas sobre sobrevivência, fé e consumo, sempre com ironia fina.

Amarrando a produção, a voz de Gisele Lira, conhecida por sua participação em um reality musical, atua como ponte, mesclando a canção brasileira moderna, o R&B e a estética urbana da banda.

Em faixas como “Filé da Borboleta” e “Kinem Danone”, a mistura de groove, guitarras, beats e rap resulta em uma crônica musical da quebrada, com refrões que têm potencial para serem cantados em coro. Já em “Jornadas” e “Aconchego”, o ritmo diminui, flertando com a eletrônica e o violão, e abre espaço para uma camada mais contemplativa, abordando temas como pertencimento, dignidade e o simples desejo de descanso após a correria.

Um Fim de Ciclo em Alta

O lançamento carrega também um peso simbólico, pois “Mantendo o Equilíbrio” marca a despedida de Gisele Lira da formação da Laika Não Morreu!. O projeto registra em áudio o fim deste ciclo, evidenciando a química entre todos os envolvidos. O resultado final soa como a obra de um grupo, onde a participação de cada artista é essencial e complementar.

Pensado para ter apelo tanto nos shows quanto para ser consumido rapidamente na internet, o EP cumpre a promessa de seu título: transforma o barulho da cidade em poesia sonora dançante, lembrando que, mesmo no concreto, é possível buscar o equilíbrio entre o corre, a consciência e o acolhimento.

🎧 Ou direto pelo Spotify no player abaixo: