É com pesar que se comunica o falecimento de D’Angelo, uma das maiores lendas do R&B e do Neo-Soul. O cantor, compositor e multi-instrumentista norte-americano, cujo nome de batismo era Michael Eugene Archer, faleceu nesta terça-feira, 14 de outubro, aos 51 anos, após uma longa batalha contra o câncer de pâncreas.

Legado no Neo-Soul e R&B

O vencedor do Grammy marcou gerações com sua voz, sensualidade e profundidade artística. Desde o lançamento de “Brown Sugar” (1995), D’Angelo foi um dos artistas que revolucionaram o R&B, unindo soul, funk e jazz com uma autenticidade espiritual e inovadora. Ele é considerado um dos grandes responsáveis por moldar o movimento Neo-Soul, ao lado de nomes como Erykah Badu, Lauryn Hill e Maxwell.

Com o álbum clássico “Voodoo” (2000), o artista atingiu o auge de sua carreira. Faixas como “Untitled (How Does It Feel)” tornaram-se marcos culturais da música negra. Anos depois, seu retorno com “Black Messiah” (2014) reafirmou a força de sua arte, com um álbum político, denso e relevante, lançado em meio a protestos e debates sobre racismo e identidade nos Estados Unidos.

D’Angelo consolidou-se como um símbolo de resistência, sensibilidade e liberdade artística. Sua obra atravessou décadas sem perder relevância, influenciando artistas de soul, R&B e hip-hop em todo o mundo. O legado do artista permanece vivo em cada canção que ele deixou.

Comunicação da Família

O falecimento foi comunicado pela família em nota enviada pela gravadora RCA, que afirma que o artista faleceu “após uma longa e corajosa batalha”. A família pede respeito à privacidade neste momento e convida o público a celebrar o legado e a música que ele deixou para o mundo.