Capa / Crédito: Caio Humb

Luedji Luna Lança “Apocalipse” com Seu Jorge, Arthur Verocai e Conceição Evaristo

O mito de uma serpente cósmica é o que conduz “Apocalipse”, novo single de Luedji Luna em parceria…

O mito de uma serpente cósmica é o que conduz “Apocalipse”, novo single de Luedji Luna em parceria com Seu Jorge e Arthur Verocai. Disponível em todas as plataformas, o projeto é uma produção musical da cantora ao lado de Fejuca e vem acompanhado de um videoclipe que traz a narração de Conceição Evaristo, carregando em si simbologias pertencentes à cosmogonia do povo Fon, do antigo Daomé, que acreditava que Dan — a serpente eterna — trouxe vida à Terra e sustenta seu peso com o próprio corpo. Segundo a crença, um dia o animal irá morder o próprio rabo e o planeta irá afundar no mar.

Sensual e dançante, “Apocalipse” caminha por espaços solares enquanto carrega em si a urgência dos desejos carnais, entrelaçada com uma vontade pulsante de amar. A faixa surge não com sentido de fim, mas como revelação de algumas estranhezas, feiuras e do ego de Luedji Luna. Para ajudar a aprofundar essa história, a artista conta com os vocais potentes de Seu Jorge, além dos arranjos de corda de Arthur Verocai.

“O convite para Seu Jorge fazer parte de ‘Apocalipse’ surgiu depois de estreitarmos laços durante as gravações do filme ‘A Melhor Mãe do Mundo’, no qual nós dois atuamos. Ele é essa referência na música, uma figura forte, de presença marcante, além de ser um dos homens mais bonitos do Brasil. Gosto de sua voz, do seu timbre, sempre quis fazer algo em parceria com ele e finalmente surgiu a oportunidade.”

“Apocalipse” traz, ainda, um videoclipe que busca ilustrar a simbologia contida no mito da criação pertencente ao povo Fon. Com direção criativa de Luedji Luna, o filme apresenta uma coreografia envolvente e sincronizada entre a cantora, Seu Jorge e o bailarino Romek, enquanto mescla elementos como a serpente e os animais marinhos microscópicos pesquisados por Álvaro Migotto — biólogo e fotógrafo responsável pela capa do disco “Um Mar Pra Cada Um”.

Dirigido por Bárbara MagriLucas TeixeiraPedro Moura e Bruno Correia, o audiovisual também conta com a voz marcante de Conceição Evaristo que narra a história da serpente cósmica responsável por carregar a Terra com seu próprio corpo. “Eu precisava de alguém para a narração e a Conceição representa a voz da tradição, da nossa ancestralidade, a nossa escrita, a nossa vivência, a nossa história. Ela é uma voz e uma figura importantes para contar uma história importante, a partir de uma perspectiva de um povo importante também.”

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Sobre Luedji Luna

Cantora e compositora, Luedji Luna nasceu em Salvador e estudou música na Escola Baiana de Canto Popular. Aos 38 anos, já coleciona três álbuns, diversas indicações e prêmios, além de se tornar referência da música popular brasileira contemporânea. Voz ativa na militância racial e feminista, Luedji Luna mergulha em sua ancestralidade e traz em sua arte mensagens fortes de luta, crenças, profundidade e amor.

Seu primeiro álbum “Um Corpo no Mundo” (2017) a consagrou na cena nacional e rendeu os primeiros destaques em premiações, festivais e mídia. Em 2021, lançou “Bom Mesmo É Estar Debaixo D’água” que, entre tantas nomeações e topos de listas globais, a levou para a indicação de “Melhor Álbum de MPB” do Grammy Latino 2021. O álbum ganhou uma versão deluxe em 2022, onde a artista explora sonoridades como o neo soul, R&B e jazz. Com 10 faixas autorais, também apresenta parcerias com compositores já conhecidos em seus trabalhos anteriores.

Em 2024, Luedji Luna deu voz ao tema de abertura da novela “Renascer” exibida pela Rede Globo. A artista também realizou sua primeira apresentação no festival Rock in Rio, que aconteceu em setembro. Luedji subiu ao palco Sunset no dia 20, data em que o festival contou apenas com atrações femininas, convidando Tássia Reis e Xênia França – com quem dividiu “Lua Soberana”, tema da novela – para uma noite de muita música e celebração. Também lançou a festa Manto da Noite, onde entrou como CEO e curadora, com o objetivo ser um contraponto dos eventos/festivais no Brasil, para um público mais nichado.

A cantora conta, ainda, com participações em projetos musicais reconhecidos globalmente, como o Colors e o Tiny Desk com Afropunk.