
Jovem Trabalhador É Morto por PM em São Paulo; Família Denuncia Execução
Na última sexta-feira, 4 de julho, Guilherme Dias Santos Ferreira, de 26 anos, foi morto…
Na última sexta-feira, 4 de julho, Guilherme Dias Santos Ferreira, de 26 anos, foi morto com um tiro na cabeça disparado por um policial militar em Parelheiros, zona sul de São Paulo. Segundo relatos, Guilherme, que acabara de sair do trabalho e corria para pegar o ônibus, foi “confundido com um suspeito”.
A Polícia Militar informou que o agente, que estava de moto e fora de serviço, teria reagido a uma suposta tentativa de assalto e, em seguida, viu Guilherme se aproximando apressadamente. Sem realizar averiguação, o policial atirou, e o jovem morreu no local. Uma mulher de 26 anos que passava pela rua também foi baleada.
Com Guilherme, foram encontrados apenas seus objetos de trabalho e itens pessoais: celular, carteira, marmita, uma Bíblia, talheres e remédios. Imagens do relógio de ponto e câmeras de segurança confirmaram que ele deixou o trabalho às 22h28, apenas sete minutos antes do disparo fatal.
Inicialmente classificado como “envolvido”, Guilherme só foi reconhecido como vítima após amigos e familiares apresentarem provas à Polícia Civil. O próprio jovem havia enviado uma mensagem à esposa informando que estava indo para casa e postou em seu status do WhatsApp uma foto do ponto de saída.
Mesmo com todas as evidências de que não houve confronto nem ameaça, o policial foi autuado por homicídio culposo (quando não há intenção de matar) e responderá em liberdade após pagar fiança de R$ 6,5 mil. A arma usada, uma pistola Glock .40 da corporação, foi apreendida.
A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) classificou a ação como “erro de percepção”. No entanto, para a família, amigos e para parte da população, o ocorrido é considerado uma execução.