Rodney Hinton Jr., de 38 anos, foi preso após atropelar e matar um policial na última sexta-feira (3), horas depois de seu filho, Ryan Hinton, de 18 anos, ser morto a tiros por policiais em Cincinnati, Ohio, nos Estados Unidos. O caso, que ganhou grande repercussão, está sendo tratado como “calculado e premeditado” pelas autoridades, segundo informações da emissora CNN.

De acordo com os promotores, o crime ocorreu enquanto o policial controlava o trânsito nas proximidades da Universidade de Cincinnati, onde acontecia uma cerimônia de formatura. Mais cedo, Rodney havia assistido, no escritório de seu advogado, às imagens da câmera corporal dos policiais que registraram o momento em que seu filho foi baleado durante uma perseguição relacionada a um roubo de carro no dia anterior.

O advogado da família, Michael Wright, relatou que Rodney ficou visivelmente abalado ao assistir às imagens e não conseguiu continuar a gravação. A chefe de polícia de Cincinnati, Teresa Theetge, confirmou a conexão entre os dois casos, embora tenha afirmado que não há indícios de que Rodney conhecesse pessoalmente o policial atropelado.

Ryan Hinton foi descrito pelo advogado como um “garoto divertido, amoroso e bom”. Ele foi baleado após supostamente brandir uma arma contra os agentes. Segundo a BBC, uma arma foi encontrada no local, mas as imagens não confirmam se o jovem chegou a apontá-la para os policiais. Dois outros adolescentes foram detidos no mesmo episódio.

Durante audiência realizada no sábado (4), os promotores sustentaram que Rodney agiu de forma intencional. O juiz responsável pelo caso determinou sua detenção sem direito a fiança até uma nova audiência, marcada para esta terça-feira (6).