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Gilberto Gil apresenta em turnê de despedida o manifesto ambiental “Conservar é a nossa arte”

Em sua última grande turnê, Tempo Rei, Gilberto Gil une música, arte e ativismo em…

Em sua última grande turnê, Tempo Rei, Gilberto Gil une música, arte e ativismo em uma campanha poderosa com foco ambiental. Em parceria com a Conservação Internacional, o artista lança “Conservar é a nossa arte”, iniciativa criada pela agência Rastro que propõe um novo olhar sobre o tempo, a natureza e a urgência de regenerar o planeta. O pontapé inicial da ação é o filme-manifesto “Esse não é o fim”, narrado pelo próprio Gil, exibido pela primeira vez no show do artista no Rio de Janeiro, no dia 31 de maio, na Marina da Glória.

O projeto mistura performance e consciência ecológica ao transformar o palco em uma plataforma de mobilização rumo à COP30, que será realizada em 2025, em Belém (PA). Em tom poético e esperançoso, o vídeo conecta a trajetória de Gil à pauta climática com a mesma sensibilidade que marca sua obra musical.

“Conservar também é criar, transformar, recomeçar. O tempo não precisa ser o fim — pode ser um novo começo”, afirma o artista na narrativa do filme.

A campanha comemora também os 35 anos de atuação da Conservação Internacional no Brasil, organização global que trabalha pela proteção de ecossistemas desnecessários à vida — como florestas, rios e oceanos — em mais de 30 países. No Brasil, uma entidade atuante na Amazônia, Mata Atlântica, Cerrado e outros biomas, integrando comunidades, ciência e políticas públicas.

Gilberto Gil, que há décadas integra o debate ambiental e cultural, também é conselheiro da Conservação Internacional. Sua relação com o meio ambiente atravessa sua discografia e sua trajetória política: foi o responsável pela criação da Comissão de Meio Ambiente em Salvador nos anos 80, promoveu políticas de diversidade cultural como ministro da Cultura e mantém iniciativas sustentáveis como o Camarote Expresso 2222 lixo zero.

“Unir a música à causa climática é mais do que simbólico, é estratégico”, diz Afonso Soares, diretor de criação do Rastro. “A música tem o poder de tocar e mobilizar. Gil leva essa mensagem para o palco e para o coração das pessoas”, completa.

Ao longo dos próximos meses, “Conservar é a nossa arte” seguirá com uma série de desdobramentos multiplataforma, até culminar na COP30. Mais do que uma campanha, o projeto é um tributo ao tempo, à natureza e à potência transformadora da arte.