Das ruas do Distrito Federal para o mundo, grupo nascido em Ceilândia, cidade natal do Rapper Japão idealizador do grupo Viela 17 que carrega o rap nacional como bandeira há 28 anos.

A Capital Federal é berço de grandes nomes do rap nacional. O Viela 17, desde seu primeiro álbum, O Jogo (2001), vêm aumentando o seu séquito de admiradores. O grupo atua nacionalmente e representa a mobilização do rap na terra vermelha.

Viela 17 não é só marcado pelo rap tradicional, passa também por outras sonoridades, o que faz a periferia ter um trabalho diferenciado e de qualidade. Nessa busca de trazer trabalhos de excelência, as músicas são produzidas com produtores musicais de renome e referência no rap nacional, entre eles: DJ Raffa Santoro, Ariel Haller Feitosa, Duck Jay, DJ Saci (RJ), Beto Batata e músicos participantes das produções e criações musicais como: Angel Duarte, Richelmy Oliveira, Marcão (EL PATITO), Ralph Sardela, Denizar Junior, Guiga, entre outros.

Confira as Frases do rapper Japão (Viela 17):

“Fala demais, isso tudo que gera a revolta
Com fio de cobra, no rap forma a nova moda
Parar pra que se o que mundo mete na nossa cara”

“É o risco, o microfone na batalha pistola, domínio
É tudo nosso ai parceiro vai pra luta
Para o doutor é só sujeira resgate e a fuga
Para a favela é a pegada, ai se liga
Num choque, lock, glock, pronto forma a família”

“Sangue gelado é o destaque do lema
Só que o tiro vem do grito dos discriminados
Não tem matança, tu tá vivo sacando o embalo”

“Sai falando que o rap só tem maloqueiro..
Depois compra meu cd e diz que é maneiro”

“No rastro sou ligeiro, opa trinque, estrala glock
O molho ferve, só que isso, chora o preto, morte”

“O muleque que é cria da favela
Vem da massa guerreira, corre irmão
No rap, na bola, somos monstro”

“Na escola ramela na lição
Um desvio de foco e disciplina
Só a luta renova a intenção”

“No barraco a fome arroxa o nó
Embarcado no bonde, sonhadores
Afundados na lama, (haja dó)”

“O pivete que é vulgo chapa quente
Com a fome de ódio cai pra cima
Se investe pesado (morre a frente)”

“Sonhando acima das nuvens
Com os pés no chão
A bíblia e a Glock disputam meu coração”

“Sensor de falsidade eu tô na atividade
Hino nacional com a mão no peito é pra quem tem respeito”

“Pra quem é sujeito e não abandona a tropa
Controle esse fascismo e esse ataque de heroísmo
Pra mim patriotismo não é camisa da copa”

“Quem dispara mentira come ostras”

“Drogas, cachaça, cansaço, favela
Meu povo no limbo da batalha
Tomba, cai se levanta isso é guerra
Sobrevive quem tem na veia a raça”

“Eu vou pra cima, estou no jogo, eu sou Ceilândia a voz do povo”

“Eu sou o próprio monstro que o sistema criou
Na mente alguns pontos de revolta e dor
Somos força mais respeito, muito amor cabe no peito
Respeito”