FESTIVAL DOS POVOS DA FLORESTA - Foto Divulgação

Festival dos Povos da Floresta: Evento passará por Brasília!

Público dos dois primeiros dias conferiu programação marcada por ancestralidade, inovação e conexão com os…

Público dos dois primeiros dias conferiu programação marcada por ancestralidade, inovação e conexão com os saberes da floresta. Evento segue até 8 de junho.

Festival dos Povos da Floresta iniciou sua jornada em Porto Velho com dois dias vibrantes de celebração cultural, reafirmando a potência criativa e a diversidade da Amazônia. O evento se consolida como espaço de visibilidade, valorização e protagonismo para as artes produzidas pelos povos da floresta. A programação segue até o dia 8 de junho, com entrada gratuita e acessível para todos os públicos.

A partir da abertura da Exposição Juvia, no Porto Velho Shopping, na quinta-feira, dia 29, o público pode conferir fotografias, esculturas, pinturas, clipes e documentários de artistas da Amazônia. Com curadoria de Rosely Nakagawa, a exposição conta com obras selecionadas por edital, parte do Acervo Rioterra e também criações de artistas convidados como Paula Sampaio (PA) e Gustavo Caboco (RR). A mostra revela o cotidiano, os saberes e as lutas dos povos amazônicos por meio de uma estética potente e sensível.

Na mesma noite, quem esteve no Palco Petrobras, montado no Parque da Cidade, acompanhou uma sequência de apresentações que uniram tradição e contemporaneidade. A DJ Ravena (RO) abriu a noite com beats que dialogam com raízes locais, seguida por uma apresentação ancestral do Povo Gavião (RO). Em seguida, Marfiza encantou o público ao lado do Bloco Eu Te Avisei (RO), resgatando ritmos e expressões populares com forte identidade coletiva. O ápice da noite veio com o encontro entre Gabriê (RO) e Patrícia Bastos (AP), em uma performance marcada por emoção, afeto e representatividade amazônica.

segundo dia de festival manteve o alto nível de entrega artística com a Exposição Juvia recebendo público de diferentes perfis. A noite começou com a DJ Lohren (RO), que preparou o terreno para a poderosa manifestação cultural do Povo Arara – Terra Indígena Igarapé Lourdes (RO). A seguir, o público foi agraciado com o encontro entre Bira Lourenço (RO) e a pianista Bianca Gismonti (RJ), que apresentaram um repertório delicado e arrebatador. O multi-instrumentista Filó Machado (SP) e o virtuoso Michael Pipoquinha (CE), acompanhados pela cantora Mari Jasca (RJ), deram continuidade à noite com técnica e emoção. Encerrando com chave de ouro, Ernesto Melo subiu ao palco convidando o grupo Pastoras do Asfaltão (RO), em um momento de forte conexão entre música, fé e cultura popular.

Com curadoria da produtora cultural Aline Moraes, o festival segue com uma programação vibrante e diversa neste sábado, 31 de maio, no Parque da Cidade, em Porto Velho. A partir das 17h, a DJ Luddy (RO) dá início às atividades com uma seleção musical que conecta batidas contemporâneas à identidade amazônica. Em seguida, o palco recebe as manifestações tradicionais dos Povos Aruá e Tupari, ambos da Terra Indígena Rio Branco (RO), que trazem ao público seus cantos, rituais e saberes ancestrais. Às 19h, dois grandes nomes da música amazônica, Bado (RO) e Nilson Chaves (PA), unem suas trajetórias em um show que promete emoção e pertencimento. Às 20h45, a Orquestra MAPO convida o artista Bonfantti (RO) para um espetáculo que mistura erudição e cultura popular. Encerrando a noite com energia e força ancestral, o grupo Quilomboclada (RO) sobe ao palco às 22h, exaltando as raízes afro-amazônicas com ritmo, poesia e resistência. No domingo, 1 de junho, a apresentação de Izabela Lim (RO) o consagrado cantor Lenine, além das apresentações dos povos Zoró e Txepô Suruí, reafirmando o compromisso do evento com a pluralidade das vozes da floresta.

Além das atrações musicais e exposições, o festival oferece uma programação formativa com oficinas de vídeo e fotografia com celularrodas de conversa temáticas e vivências culturais. A proposta é promover o encontro entre tradição e contemporaneidade, estimulando o reconhecimento da Amazônia como território de criação, inovação e resistência cultural.

Roteiro nacional: o Brasil vai ouvir as vozes da floresta

Depois de Porto Velho, o Festival dos Povos da Floresta segue para outras quatro capitais: Boa Vista (RR)Macapá (AP)Belém (PA) e Brasília (DF). Em cada cidade, serão realizadas atividades que fortalecem redes de intercâmbio entre artistas, mestres da cultura popular, lideranças indígenas e coletivos culturais, criando pontes afetivas e artísticas em defesa da floresta e de seus povos.

Idealizado pelo Centro de Inovação da Amazônia Rioterra e apresentado pela Petrobras através do programa Petrobras Cultural, por meio da Lei de Incentivo à Cultura, com realização do Ministério da Cultura e do Governo Federal, o Festival dos Povos da Floresta se firma como uma iniciativa essencial para promover a justiça cultural e o protagonismo amazônico em escala nacional.

Festival dos Povos da Floresta – Etapa Porto Velho

De 29 de maio a 8 de junho de 2025

Locais: Parque da Cidade e Porto Velho Shopping

Entrada gratuita e acessível para todos os públicos