Os criminalistas Davi Tangerino, professor de direito penal da Uerj, e Fernando Castelo Branco, em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, afirmaram que as acusações contra o rapper Oruam foram feitas com excessos. Ambos consideram que houve exagero na forma como os fatos foram enquadrados pelas autoridades policiais.

Segundo os especialistas, a acusação de tentativa de homicídio é questionável, uma vez que atirar pedras contra policiais armados não pode ser interpretado como um meio eficaz de matar. Para eles, o episódio não sustenta juridicamente tal imputação.

Os criminalistas também apontam que houve um agravamento indevido da situação, com o uso de tipificações penais mais severas do que o necessário. A defesa do artista nega qualquer prática criminosa e afirma que Oruam não atentou contra a vida de ninguém.

A análise dos juristas coloca em debate a conduta das autoridades no processo e reacende a discussão sobre a atuação do sistema penal diante de figuras públicas.