Cultura promove eventos em prol dos povos originários

Cultura promove eventos em prol dos povos originários

Exposições e seminário fazem parte da programação Texto: Sâmea Andrade. Edição: Ascom Secec Destacar e…

Exposições e seminário fazem parte da programação

Texto: Sâmea Andrade. Edição: Ascom Secec

Destacar e celebrar as manifestações culturais indígenas que unem os povos ibero-americanos. Esse é o intuito da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal (Secec) ao promover, com o apoio do Escritório de Assuntos Internacionais do Distrito Federal, a série de eventos que ocorrem na próxima quinta-feira, 1º de dezembro. Serão realizados, no Memorial dos Povos Indígenas (MPI) e na Biblioteca Nacional de Brasília (BNB), duas exposições e um seminário. Todas as atividades são gratuitas.

A programação começa pela manhã com a inauguração da exposição “Darcy Ribeiro: um homem de ideias, palavras e ação”, e segue com o seminário “Literaturas Originárias”, ambos na Biblioteca Nacional de Brasília. Na parte da tarde, o evento segue para o Memorial dos Povos Indígenas, que reabre sua Sala Multiuso revitalizada.

“Esse conjunto de eventos reafirma o compromisso da Secretaria com os povos originários. É mais uma ação, entre as tantas que promovemos este ano, no sentido de reforçar nossa herança ibero-americana”, afirmou o secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues.

A iniciativa faz parte das ações que celebram Brasília como Capital Ibero-Americana das Culturas (CIC) em 2022, e surge em continuidade ao webinário “Políticas Culturais Indígenas da Ibero-América”, evento realizado em outubro, com a contribuição das secretarias de Cultura dos municípios de Bogotá e Cidade do México.

Saiba mais sobre a CIC.

100 ANOS DE DARCY

A exposição “Darcy Ribeiro: um homem de ideias, palavras e ação” será inaugurada nesta quinta-feira (1/12) e segue em cartaz até março de 2023, celebrando o centenário de nascimento do antropólogo. Os visitantes poderão conferir trechos de relevantes trabalhos escritos de Darcy, em seleção feita pelos próprios servidores da BNB, a partir de livros pertencentes ao acervo do equipamento cultural.

Para além da educação, o escritor, sociólogo e também historiador brasileiro é conhecido pelo trabalho direcionado aos indígenas brasileiros, com diversas obras dedicadas aos povos originários, como A política indigenista brasileira (1962), Os índios e a civilização (1970), e Culturas e línguas indígenas do Brasil (1957).

ESPAÇOS DE LITERATURA

Já o seminário “Literaturas Originárias” vai debater o conceito de literatura de modo ampliado, vista enquanto espaço de construção de histórias, emoções e ideias, não apenas como manifestação escrita, mas envolvendo também uma variada gama de expressões artísticas e de outras linguagens tais como cinema, música, fotografia, tradições orais e dança.

Para isso, o debate, que também acontece na BNB, contará com a participação do cineasta indígena Cuhexê Krahô, recém-premiado na 55ª edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro; da fotógrafa documental étnica e antropóloga Raíssa Azeredo; e da estudante de Artes Plásticas e educadora indígena Morena. “A discussão sobre as formas de expressões artístico-culturais dos povos originários se faz essencial para compreendermos melhor o nosso próprio patrimônio”, explicou o subsecretário do Patrimônio Cultural da Secec, Aquiles Brayner, a cargo da mediação do debate.

A inauguração da Sala Multiuso do Memorial dos Povos Indígenas, agora totalmente revitalizada, encerra o dia de atividades. A programação no local se inicia às 15h e, após a solenidade, segue com visitas guiadas ao acervo permanente e à exposição “Séculos indígenas”, realizada com recursos do Fundo de Apoio à Cultura do DF (FAC). Os presentes contarão, ainda, com apresentação de poesia slam da artista indígena Morena.

CINEMA INDÍGENA

Para além do dia 1º de dezembro, a celebração aos povos originários tem continuidade com o 1º Festival de Cinema e Cultura Indígena do Brasil, que o Cine Brasília recebe entre 2 e 11 de dezembro. Idealizado pelo premiado cineasta Takumã Kuikuro (diretor-geral), o evento é voltado para a produção audiovisual de cineastas, coletivos e realizadores de origem indígena, com o intuito de promover, fortalecer e difundir a diversidade da cultura e do cinema dos mais de 305 povos indígenas do País.

Também realizado com recursos do FAC, o festival traz em sua programação gratuita masterclasses, apresentações culturais e rodas de conversa com grandes nomes do audiovisual, além de mostra competitiva composta por 10 filmes, mostra paralela com 20 filmes e mostra de convidados com 10 filmes. A curadoria é de mulheres indígenas com vasta experiência no audiovisual, como Julie Dorrico, Kujaesage Kaiabi, Olinda Tupinambá, Priscila Tapajowara e Renata Aratykyra. Confira a programação completa no site https://fecci.com.br/.

SERVIÇO:

Programação do dia 1/12:

9h30 – Abertura da exposição “Darcy Ribeiro: um homem de ideias, palavras e ação” (BNB)

Segue em cartaz até março de 2023, com visitação gratuita e aberta ao público de segunda a sexta, das 8h às 20h; e sábado e domingo, das 8h às 14h

10h – Seminário “Literaturas Originárias” (BNB)

15h – Inauguração da sala multiuso, visita guiada e apresentação de Slam (MPI)

1º Festival de Cinema e Cultura Indígena do Brasil:

De 2 a 11/12, no Cine Brasília

Programação completa no site do Festival