O assunto NFT tem dado o que falar, e sua rápida expansão é objeto da análise de especialistas ao redor do mundo, inclusive no Brasil.

Cryptorastas: conheça o NFT brasileiro que Azealia Banks chamou de icônico

Americana comprou um dos personagens da série, inspirada nos pioneiros cryptopunks

O assunto NFT tem dado o que falar, e sua rápida expansão é objeto da análise de especialistas ao redor do mundo, inclusive no Brasil. Por aqui, muita curiosidade sobre o tema, mas também a ascensão de artistas que já vêm marcando seu território nesse universo cheio de possibilidades.

O NFT 100% nacional tem chamado a atenção de nomes como a estrela norte-americana Azealia Banks. A cantora, compositora e atriz comprou nesta semana um dos personagens da série Cryptorastas, criada pelo produtor musical e artista gráfico Marcus MPC, do coletivo carioca Digitaldubs.

super de olho nas novidades da arte digital, a americana Azealia Banks adquiriu na última semana um NFT 100% brasileiro, e compartilhou o projeto, chamado Cryptorastas, com seus stories no Instagram

Super de olho nas novidades da arte digital, a americana Azealia Banks adquiriu na última semana um NFT 100% brasileiro, e compartilhou o projeto, chamado Cryptorastas, com seus stories no Instagram

“O projeto é inspirado nos famosos Cryptopunks, que são o primeiro projeto NFT, lançado em 2017, e viraram uma espécie de subcultura dentro do mundo NFT – os ‘Unofficial Punks’. Comecei o Cryptorastas como um projeto piloto, para aprender na prática. Eu estou estudando e pesquisando a fundo o assunto, e meu plano inicial era lançar o NFT oficial do Digitaldubs celebrando 10 anos do nosso último disco. No entanto, antes de lançar esse projeto oficial, eu quis testar mais as plataformas e entender na prática”, explica Marcus.

A menção ao reggae e à cultura jamaicana não é à toa. “Existe uma ligação histórica do movimento punk com o movimento reggae na década de 1970, sobretudo na Inglaterra – vide um dos grandes sucessos de Bob Marley, ‘Punky Reggae Party’. Daí veio essa inspiração de criar a série. Pesquisei e vi que não tinha ninguém fazendo, não tinha nada sobre reggae com NFT, então criei”.

Reggae é a especialidade e paixão de MPC. Ele é fundador do Digitaldubs, principal referência na cultura sound system no Brasil. Primeiro sound system carioca, desde 2001 vem fazendo bailes que pavimentaram a cena alternativa do Rio de Janeiro. O coletivo foi o responsável, por exemplo, por promover o encontro entre Tom Zé e a lenda do dub Lee Scratch Perry, o que resultou na gravação de “Estudando o Dub”.

Personalidades famosas já se interessaram pelos personagens de MPC, como aconteceu com a estrela Azealia Banks. “Ela se interessou em comprar um Cryptorasta, mandou direct no Instagram do projeto, compartilhou, postou no Instagram dela o nosso perfil… Foi uma grande surpresa um projeto tão recente e ainda pequeno alcançar um nome como ela. Alguns artistas internacionais de reggae também têm entrado em contato para entender o que é o projeto, saber mais”.

“Comecei a série sem pretensão alguma, fui gostando do projeto, fui me divertindo enquanto criava cada personagem. Criei um perfil no Instagram e um no Twitter, e agora começa a chamar a atenção das pessoas. Ao todo, a série terá limite de 420 personagens, criados um a um. Alguns são personagens que eu mesmo inventei, outros são inspirados em pessoas reais, tanto em personalidades da cena reggae quanto anônimos”.

Para MPC, um dos objetivos do trabalho com os Cryptorastas é aproximar a cena reggae do universo do NFT. “A plataforma NFT é uma porta que abre muitas possibilidades, e tenho pensado em desdobramentos multimídia para o futuro”.

O produtor musical pensa em ampliar o projeto por meio de colaborações. A primeira já está em andamento: o primeiro Cryptorasta oficial em parceria com um artista será lançado com o cantor Dada Yute, que lançou recentemente um single com Ruxell e Iza. “O cryptorasta dele virá com uma música exclusiva (dubplate), um reggae 8-bit”, finaliza MPC.