Contagem regressiva para Paris: brasileiros se classificam para mundial do maior torneio 1x1 de Breaking

Contagem regressiva para Paris: brasileiros se classificam para mundial do maior torneio 1×1 de Breaking

B-Girl Toquinha e B-Boy Leony irão representar o Brasil em Paris em busca do título…

B-Girl Toquinha e B-Boy Leony irão representar o Brasil em Paris em busca do título mundial do Red Bull BC One

Show de powermoves e footworks! No último sábado (22), São Paulo foi palco da Final Nacional do Red Bull BC One, maior campeonato de Breaking 1×1 do mundo. A competição reuniu os 32 melhores dançarinos do Brasil e, após batalhas de alto nível, consagrou a paulistana B-Girl Toquinha e o paraense B-Boy Leony como campeões nacionais do torneio. Agora, eles se preparam para representar o Brasil na Etapa Mundial, onde disputarão a Last Chance Cypher, etapa com os vencedores de diferentes países ao redor do mundo, antes de se classificarem para a grande decisão, em 21 de outubro, na icônica quadra de Roland-Garros.

Do Pará, o pentacampeão B-Boy Leony avalia esse momento: “Esse é meu quinto título nacional e essa foi, sem dúvidas, uma das finais mais difíceis para mim. É o primeiro ano que meu filho está assistindo, essa vitória dedico para ele! Treinei muito para isso e estou muito feliz. Nos vemos em Paris”. Na categoria feminina, a B-Girl paulistana Toquinha avalia sua primeira conquista: “Foram vários anos tentando realizar esse sonho e 2023 foi o ano. Quero dedicar meu primeiro título à minha crew que sempre me apoia e está comigo e dizer que nos vemos na final mundial”, comemora a campeã.

Faltando 1 ano para a estreia do Breaking no maior evento multiesportivo do mundo, o Memorial da América Latina – que também já foi sede da etapa mundial do Red Bull BC One em 2006 – recebeu um público vibrante que acompanhou a competição e viu, de perto, o B-Boy Leony vencer a última batalha contra o B-Boy Bart, que ficou com a segunda colocação da categoria masculina. Já a B-Girl Toquinha conquistou seu primeiro título nacional na competição após a batalha final contra a B-Girl Keka.

Para chegar aos 32 finalistas, a competição contou com seletivas em Belém (PA), Brasília (DF), Rio de Janeiro (RJ) e São Paulo (SP). Na decisão nacional, os dançarinos passaram pelo crivo de um júri de peso, composto pelo B-Boy Lee, holandês que faz parte do Red Bull BC One All Stars, uma das maiores crews do mundo, a FabGirl, dançarina e criadora da primeira crew só de mulheres do Distrito Federal e B-Boy francês Jey, que fundou o conceito do projeto Footworkerz com o objetivo de resgatar a essência desse estilo e educar B-Boys e B-Girls sobre essa modalidade.

Além das batalhas emocionantes, que foram transmitidas ao vivo e estão disponíveis no YouTube.com/RedBullBCOne, o evento ainda contou com uma programação completa entre os dias 20 e 22 de julho por meio do Red Bull BC One Camp, que promoveu um mini festival da cultura hip hop com workshops, apresentações, oficinas de danças e batalhas de exibição. Outro destaque da programação cultural do evento foi a exposição Evolution of a Revolution, das fotógrafas Martha Cooper e Nika Kramer, que trouxe registros memoráveis da trajetória das fotógrafas – que são as maiores referências da cena desde os anos 80 – e contou a história do Breaking.

Novidade na América Latina

Também durante o evento, aconteceu a Cypher Latam, uma etapa para os países da América Latina que não tiveram seletivas regionais da competição. Durante a tarde de sábado (22), 16 B-Boys e as 16 B-Girls representaram seus respectivos países latinos e se enfrentaram em batalhas emocionantes . O B-Boy Ricky Rulez e a B-Girl Luma, ambos colombianos, levaram a melhor e irão representar a América Latina na etapa mundial.

Final Mundial

O Red Bull BC One acontece em mais de 30 países além do Brasil e reúne os mais talentosos artistas do planeta, possibilitando ao público conhecer os principais nomes da modalidade. Em outubro, os dois vencedores da Cypher Brasil e os dois vencedores da Cypher Latam desembarcam em Paris para disputar a Last Chance Cypher, que também funciona no formato mata-mata e os participantes dançam em frente a um painel formado por cinco jurados e têm suas habilidades avaliadas. Vale tudo para impressionar: técnica, criatividade e simpatia. Quem for melhor em todos os requisitos e conquistar os juízes, vence.