Com base nos signos do Zodíaco, Sesc SP lança playlits que vão de Marvin Gaye a Baby do Brasil

Com base nos signos do Zodíaco, Sesc SP lança playlits que vão de Marvin Gaye a Baby do Brasil

As playlists transmitem o “mood” de cada signo e a essência dos artistas A série…

As playlists transmitem o “mood” de cada signo e a essência dos artistas

A série Astrosônica apresenta uma playlist para cada signo do zodíaco, contemplando as 12 diferentes formas de ver o mundo, a partir de afinidades, como os elementos: fogo, terra, ar ou água e as qualidades vibratórias: cardinal, fixo ou mutável. São 12 seleções compostas por 12 faixas cada, que têm como tema um dos signos, sempre representado por uma composição entre as melodias e as letras, a fim de retratar aspectos simbólicos do zodíaco. As canções são ainda interpretadas por músicos que pertencem ao signo que rege cada playlist. A curadoria é da artista, designer e pesquisadora musical, Mariana da Matta.

A jornada simbólica começa pelo signo Áries. De natureza cardinal, ou seja, de ação inicial e expansiva, esse signo inicia os movimentos com gás total, tal como o jogador Umbabarauma cantado por Jorge Ben Jor, ou Diana Ross saindo para o mundo. Passa ainda pelo Rio de Janeiro com o carneiro de Ednardo ou para o espaço com o foguete de Elton John. Vai fazer o que der na telha. Tanta coragem e ousadia podem levar Áries a lugares distantes, ainda não desbravados ou povoados, exceto por alguns marginais como Sérgio Sampaio. Para chegar lá, a potência de Áries rasga o caminho com a faca na bota, trazendo a fúria e a festa nos dois gumes, da raiva de Miss Bolívia à alegria de Marvin Gaye.

Há também a seleção de músicas de Câncer, o signo do caranguejo, que traz no interior de sua concha a memória, a história e o sonho. É o signo do elemento água e de natureza cardinal, que navega em conexões afetivas, ora acolhendo, ora se recolhendo, tal qual um caranguejo-eremita. Regido pela Lua, sente as emoções oscilando junto com suas fases. Não por acaso, a canção escolhida de Gilberto Gil reforça que precisamos ver o luar – melhor ainda se for na companhia de um afeto. Já Liniker canta sobre a intensidade e o desejo de fotografar com o olhar para se lembrar depois dos momentos ao lado de quem ama. A playlist traz ainda Amelinha, Baby do Brasil, que se junta à Mercedes Sosa no cultivo de comunidades tradicionais que cuidam de si, protegem as sementes do passado e irrigam as plantações para o futuro.

Mergulhos para dentro de si e do mistério da vida caracterizam o Escorpião, signo intenso e visceral. Movido por desejo e cura, transita entre fronteiras da consciência, no ritmo cíclico de vida e morte. Banhado de sonho e sangue, Belchior já entrega como Escorpião chega: cantando feito faca para cortar nossa carne. Hora de colocar o dedo na ferida para ver que o mundo está em chamas e, na companhia de Charles Bradley, observar e sentir profundamente a dor. À primeira vista o signo parece quieto e recluso como canta Carlos Dafé, mas internamente maremotos lhe chacoalham, com a pulsão de vida revirando seus desejos. Paixão e intensidade marcam este signo do Zodíaco e nada mais propício do que juntar Pabllo Vittar, Björk, Milton Nascimento e Joni Mitchell.

A série playlist Astrosônica traz também perfil o perfil camaleônico e adaptável de Peixes, que carrega um pouco de cada signo anterior e apresenta uma espécie de um resumo astral. Empatia, tolerância e bondade dividem espaço com a imaginação, o misticismo e o sonho. A playlist de Peixes é embalada por Nina Simone, Josyara e Xênia França. Com fama de confuso, na verdade tem consciência ampliada e outras percepções de realidade, e diante disso, pode parecer incompreendido como canta Erykah Badu, porém não se deixa abalar. Peixes nem sempre sabe exatamente onde está indo, apenas segue vagando em direção ao outro lado da vida, ao lado de Fred Neil. Nesse trânsito entre dimensões e consciências, o signo navega entre extremos e mergulha com tudo, na fantasia ou na “Marvada Pinga”. No entanto, como George Harrison, sabe que nada dura para sempre e assim “Tudo Deve Passar”. No ritmo das águas, flutua na “Paisagem Fluvial” e deságua nas “Águas de Março” que fecham o verão – para recomeçar o ciclo do Zodíaco, e da vida, mais uma vez.

 

Serviço

Série de playlists Astrosônica

sescsp.org.br/astrosonica