Circus -

Circus une hardcore e rap, single que convida a repensar a sociedade

Faixa tem participação especial de Milton Aguiar (Bayside Kings), Renato Rasta (NDR Hardcore) e Marcão Baixada

A banda carioca Circus procura transmitir e espalhar mensagens carregadas de críticas sociais, busca de autoconhecimento e emoções de forma sincera em suas canções que unem alternativo e hardcore. Em sua nova música, “Abstrações”, eles veem a sociedade como uma construção histórica e convidam a repensar nossos caminhos visando a um futuro melhor.

A faixa traz novas sonoridades para banda, contando com participações de Milton Aguiar (Bayside Kings), Renato Rasta (NDR Hardcore) e do rapper Marcão Baixada, em uma ponte que vai da Baixada Fluminense e norte do RJ até a Santos (SP).

O single está disponível em todos os serviços de música digital e ganha um lyric video.

Essa é a terceira música de trabalho do próximo disco da Circus. Expondo a verve lírica do quinteto, nessa faixa eles discorrem sobre a construção social que resulta em riqueza e poder para uns, e invisibilidade para outros. De conceitos abstratos, surgem estruturas e paradigmas que perpetuam quem e o que tem valor. Grupos e elites perseguem benefícios próprios em que privilégios levam à miséria, e luxo leva à injustiça. O que poderia resultar em uma letra pessimista se mostra, na realidade, uma visão esperançosa sobre a capacidade do ser humano mudar de rumo, rever suas prioridades e corrigir o curso pensando nas próximas gerações.

“Somos seres construídos e desconstruídos por conceitos e ideais abstratos que nós mesmos criamos. Para representar isso, pensamos em uma folha de caderno em branco para destrinchar todos os versos da música, assim como preenchemos nossa mente. Ela nasce vazia, com os conceitos, experiências, ideias, que se desenvolvem e dão corpo à realidade, que é construída pelo homem. Isso serve para entender também a construção do próprio indivíduo, as cobranças que talvez não façam sentido, a imagem a zelar que é mera superficialidade, a concorrência e consumo exagerado. Entender para melhorar, se informar para construir, nós construímos a realidade”, reflete o vocalista Bernardo Tavares.

Com pouco mais de cinco anos de história, a Circus nasceu de um grupo de amigos na Zona Norte do Rio e já se apresentou em palcos importantes como Circo Voador, Imperator, Music Hall, Granffinos e Correria. Além disso, participou ativamente de ocupações artísticas em escolas e no Canecão, vivenciando o que cantam e sempre buscando evolução.

Além de Bernardo, a Circus é formada por Alex Heink (guitarra), Eduardo Lopez (guitarra), Thales Ramos (baixo) e Hugo Rezende (bateria). A banda realizou turnês com Dead Fish e Matanza e dividiu palcos com Supercombo, Bullet Bane, Zander, Pense, Menores Atos, Surra, Bayside Kings e Aurora Rules. Após uma série de singles, a estreia da Circus foi com o disco “Em Meio à Destruição”, pelo selo Scienza Records. Desde então, lançou também os singles “Tempestade”, “Contra Cena”, “Cidadão de Bem”, “O Ciclo” e “O Plano”, esta última com participação de Rodrigo Lima (Dead Fish). O lançamento mais recente da banda foi o single e clipe “Renascer”, antecipando o disco “Transmissão”.

A partir de 2019, eles passaram a reunir todas as experiências dos palcos e das estradas com a maturidade do som que une diferentes vertentes do rock alternativo, com foco no hardcore e no post-hardcore em seu novo disco. Previsto para o segundo semestre, “Transmissão” foi realizado por meio de financiamento coletivo dos fãs. O trabalho tem produção, mix e master de Jorge Guerreiro (Dead Fish, Matanza, Pitty, Titãs, Rancore) e contará com participações especiais de nomes de destaque no cenário nacional. “Abstrações” está disponível em todas os serviços de streaming de música.

Veja o lyric video:

Letra:

O que pensa sobre os conceitos que vai seguir

E sobre as teorias que vão crescendo em você

Os ícones e imagens que vai imitando sem ver

Toda utopia e aparência criam um ideal

Toda construção sobre o que é o real

Toda a ignorância e certeza que cresce e gera cegueira

O tipo ideal é uma direção, não pense que a mera explicação

Vai ser igual ao mundo real

O tipo ideal é uma direção, não pense em seguir só a linha

Nada é perfeito, apenas uma abstração

O que é real? Não sei bem

Com muros altos, não vejo além

De paredes forjadas, definições compradas

A longo prazo e com juros

Onde “likes” determinam seu futuro

E quem vai falar, se eu ficar mudo? Mudo

O que vai mudar se eu não mudo? O mundo

Das coisas que eu não quero enxergar

As imagens de um mundo que inventei

Iludido com o espelho a quebrar

Por ruídos da mente que soltei

E o medo escreve a história daquele que não se encontra

Com sua própria sombra para enfrentar o que real

E todas as vezes que eu me questionei

Questionei tudo aquilo que eu errei

Eu pude ver o caminho a seguir

Que para construir eu tinha que destruir

Tudo aquilo ao meu redor

Olha só meu antigo eu que cedeu tão fugaz

Quanto a fuga de alcatraz

O tipo ideal é uma direção, não pense que a mera explicação

Vai ser igual ao mundo real

O tipo ideal é uma direção, não pense em seguir só a linha

Nada é perfeito, apenas uma abstração

A construção sobre o que é real

Acima de paredes brancas

Vem para o bem mas também para o mal