A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) voltou a ser alvo de críticas após se envolver em uma nova polêmica durante a partida entre Internacional e Juventude, válida pelo Campeonato Brasileiro Série A. A entidade teria ordenado a retirada de uma faixa com a frase “Fogo nos Racistas”, exibida nas arquibancadas do Beira-Rio, sob ameaça de perda de mando de campo por parte do clube gaúcho.

A frase, que se tornou símbolo de combate ao racismo e foi eternizada pelo rapper Djonga, gerou reações intensas nas redes sociais após a ação da CBF. A decisão causou indignação em torcedores, ativistas e até políticos, que acusaram a entidade de silenciar manifestações legítimas contra o racismo no futebol brasileiro.

Entre as críticas públicas, o deputado federal Bohn Gass afirmou que uma ação célere da CBF seria bem-vinda, mas em prol do enfrentamento ao racismo, e não no sentido de cercear protestos. Nas redes sociais, comentários compararam a postura da CBF com a da CONMEBOL, e outros classificaram a medida como uma tentativa de repressão.

Em contrapartida, defensores da decisão argumentaram que a frase incita à violência e teria um tom considerado “terrorista”. No entanto, a medida foi criticada até mesmo por integrantes do Grupo de Trabalho Antirracista da própria CBF, o que evidencia a complexidade do tema e a dificuldade da entidade em lidar com manifestações antirracistas de forma efetiva.

O episódio reacende o debate sobre a atuação das instituições do futebol brasileiro frente ao racismo e à liberdade de expressão dentro dos estádios.