
Breaking nas Olimpíadas: Sonho Adiado para o Brasil
O Brasil não terá representantes no breaking, modalidade que estreia nos Jogos Olímpicos de Paris…
O Brasil não terá representantes no breaking, modalidade que estreia nos Jogos Olímpicos de Paris 2024. B-Boy Leony e B-Girl Mini Japa, candidatos à vaga, não conseguiram se classificar no Olympic Qualifier Series (OWS) em Budapeste, Hungria.
Embora a frustração seja grande, Leony mantém a positividade: “a gente pode”, ele afirma em seu Instagram. “A vida segue normal e a caminhada continua”. Mini Japa também expressa gratidão e orgulho em suas redes sociais: “nada tira hoje a felicidade e a paz”.
Marcelinho Back Spin, lendário B-Boy paulistano, aponta falhas na gestão como a principal causa da ausência do Brasil. “Começou errado”, ele critica. “Procuraram as pessoas do movimento para apoiar, mas não democratizaram”. Segundo ele, a preparação deveria ter sido iniciada com mais antecedência, como em países da Europa e Ásia. “Foi uma falta de respeito muito grande com o movimento aqui no Brasil”.
José Bispo de Assis, da diretoria de breaking da Confederação Nacional de Dança Desportiva (CNDD), reconhece a decepção com a não classificação. Ele cita as dificuldades da pandemia e a recente chegada de recursos em 2022 como empecilhos. “Ainda temos muito a evoluir”, afirma Assis com otimismo. “Mas posso afirmar, com 37 anos de experiência no breaking e hip hop, que quanto mais breakers estiverem em posições de comando na CNDD, mais rápido ambos crescerão”.
A ausência do Brasil nas Olimpíadas serve como um alerta para o investimento e a profissionalização da modalidade no país. A comunidade do breaking espera que os erros sejam corrigidos para que, em 2028, o Brasil possa enfim pisar no palco olímpico com seus talentosos breakers.
Fonte: Visão de Corre
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