Coletivo Noroest - Foto Divulgação

Associação Cultural Quilombaque recebe o evento “Circuito Quebrada Viva” com o Coletivo Noroest

No dia 30 de março de 2024 (sábado), a partir de 12h, com entrada gratuita,…

No dia 30 de março de 2024 (sábado), a partir de 12h, com entrada gratuita, o Coletivo Noroest (@coletivonoroest) realiza mais um evento da temporada “Circuito Quebrada Viva”. Dessa vez, o evento acontece na Associação Cultural Quilombaque, que fica na Travessa Cambaratiba, 05, em Perus, Zona Noroeste de São Paulo (SP), território de origem do coletivo.

O “Circuito Quebrada Viva” é uma ação que surgiu a partir de uma perspectiva cultural periférica ligada à cultura Hip-Hop, movimento que vem transformando diversas ‘quebradas’ tanto na cidade de São Paulo, como em outras localidades do país.

A primeira edição dessa temporada foi realizada em fevereiro de 2024, reunindo mais de 500 pessoas na Galeria Olido, região central de São Paulo. A segunda edição, realizada em março, aconteceu em Registro, cidade escolhida em razão da efervescência do movimento breaking, o que possibilitou um intercâmbio cultural entre artistas visitantes e diversos artistas da cidade.

Na edição que será realizada na Associação Cultural Quilombaque, acontecerão as tradicionais batalhas 3vs3, com a participação de b-boys e b-girls, com premiação de R$ 700,00 e troféu. A equipe de jurados será formada por Goia-Fu (Beat Fanatics) de Minas Gerais, Bruno Loko (Street Son) do Rio de Janeiro e Dedesa (Back Spin Crew) de São Paulo, além da discotecagem com o DJ Insano e DJ DEF BRKS do Rio de Janeiro, e os MCs Eliot e Igor Souza.

Haverá ainda um Workshop de Breaking com o B.boy Boca, criação de painéis de Graffiti com Binho, apresentação do DJ André RockMaster, grupo Unity Warriors com o espetáculo “Dentro, Fora e Cruza” e uma roda de conversa com Bruno Loko (Rio de Janeiro) sobre a inserção do breaking nas olimpíadas – o breaking  irá estrear nos Jogos Olímpicos de Paris em 2024 como modalidade de competição.

“Desde a criação do breaking como um dos pilares do hip-hop, a modalidade se espalhou e possibilitou que muitos jovens se distanciassem da violência. Uma dança que uniu pessoas e mostrou a potência dessa cultura. A inclusão do breaking nas olimpíadas traz uma nova vertente de atuação, agora como modalidade esportiva, o que poderá trazer visibilidade e inspirar mudanças. Isso certamente impacta no movimento e merece ser discutido, afinal, não podemos nos distanciar de quem vive o breaking há tantos anos, que são os jovens da periferia”, reflete Igor Souza, do Coletivo Noroest.

Visando incentivar o hábito da leitura, sobretudo ao conteúdo da história do Hip-hop, o evento contará com uma biblioteca temática com oferta de livros e outros materiais didáticos, além de atividades lúdicas com contação de histórias.

Um ambiente organizado e confortável que possibilitará a interação de crianças e jovens com os monitores, que vão inspirar a leitura de livros como “O grito do hip-hop”, “A quebrada em quadrinhos”, “Nelson Triunfo, do sertão ao Hip-hop”, “Mulher de Palavra: Um retrato de mulheres no Rap de São Paulo”, “A pedagogia hip-hop: Consciência, resistência e saberes em luta”, “Batidas, rimas e vida escolas” e “Genealogia hip-hop”.

Para desenvolver as ações em 2024, o Coletivo Noroest foi contemplado no edital PROAC Nº 37/2023 – Cidadania Cultural – Produção e Realização Proj. Cultural – Cultura Negra, Urbana e Hip Hop, e visitará as cidades de Franco da Rocha, Pindamonhangaba, Registro, Santo André e São Paulo.

Por meio do projeto, o Coletivo Noroest promove um circuito de formação e difusão cultural que contribui com o desenvolvimento social das comunidades por onde as ações irão passar, instigando as pessoas para uma nova perspectiva de vida tendo a ideologia Hip-Hop como base para a produção de conhecimento e compartilhamentos práticos e teóricos.

Sobre o Coletivo Noroest

O Coletivo Noroest desenvolve ações artísticas através do Hip-Hop desde 2015, quando surgiu como Crew de Breaking Noroest Gang, sendo atualmente composto por integrantes residentes no bairro periférico de Perus, região que concentra um dos piores índices socioeconômicos da capital.

Em 2015, surge a ideia do evento ‘’Quebrada Viva Battle’’ e em 2016 e 2019, o coletivo é contemplado pelo programa VAI modalidade 1, levando ações como eventos em formato de Jams, em praças e pontos de cultura, desenvolvendo workshops, exposição de graffiti, bate-papo e batalhas de breaking. Em 2020, é contemplado no edital PROAC nº 34/2020 – Manutenção de Corpos Artísticos estáveis em favelas e comunidades com o projeto “Coletivo Noroest – Quebrada Viva”. Em 2021, é contemplado com o projeto “Raízes do Hip Hop – Território Noroeste” no edital PROAC º 33/2021 – Ações Locais / Favelas e Periferias / Produção, Difusão, Capacitação e Eventos (presencial e/ ou online).  E em 2023, executa o projeto ‘Autonomia Periférica’ contemplado na 19ª edição do Programa VAI – Modalidade 2.