Artur Nabeth traduz a leveza de se redescobrir no videoclipe

Artur Nabeth traduz a leveza de se redescobrir no videoclipe “A Rua”

“Dançar um charme no Viaduto de Madureira. Ouvir Cartola no ensaio da Estação Primeira. Lembrar…

“Dançar um charme no Viaduto de Madureira. Ouvir Cartola no ensaio da Estação Primeira. Lembrar do Buraco Quente, de Nelson Cavaquinho. Na roda em Vila Isabel, um samba do Martinho”.

Os versos que traduzem a boemia carioca dão o tom da produção audiovisual de “A Rua” – terceiro single do disco Mitos, álbum lançado em outubro e que marca a estreia solo do cantor e compositor Artur Nabeth. Dirigido por Yasmin Thayná (roteirista do videoclipe “Trevo, Figurinha e Suor na Camisa”, parceria de Ivete Sangalo com Emicida), o filme verte, a cada frame, a satisfação de redescobrir a plenitude da própria companhia ao fim de um relacionamento.

“Essa letra é inspirada na literatura do Luiz Antonio Simas”, conta Artur sobre a referência para criar um cenário que transpira brasilidade. Com uma paisagem composta por casas antigas, de arquitetura colonial, muros grafitados e fios cortando o céu, o registro de “A Rua” poetisa um Rio de Janeiro real enquanto enquanto a melodia embala “um samba jazz, meio samba soul” – define o cantor sobre a faixa produzida por Marcelo Rezende.

Além de trazer uma identidade bem brasileira, a produção ainda subverte a lógica predominante no imaginário de muitos que, ao ouvir uma história sobre aceitar um término e voltar para a boemia, pensam automaticamente em um personagem masculino. “Geralmente é o contrário, né? A ideia do sambista malandro que se separa e volta pra boemia ainda predomina muito”, observa.

A música é a terceira do disco a ganhar um videoclipe e agrega maior leveza à videografia do artista carioca, ao suceder o politizado registro da faixa-título do disco, “Mitos”, lançado também em outubro.

Assista “A Rua”:

Letra – “A Rua” – Artur Nabeth:

Chega de drama

Pode ir em paz

Te amo pra sempre

Mas não quero mais

Por tudo se culpa

Em todos se vê

É tão inseguro

Não sabe o porquê

E a dor de perdê-lo

É o prazer de me reencontrar

Com tudo que espera

Por mim no meu velho lar

A Rua

Beber cachaça na Lapa, jogar conversa fora

Cantar João no Curvelo sem ter noção da hora

Fumar um beck no Estácio ao som de Melodia

Pastel e caldo-de-cana na feira ao meio-dia

Dançar um charme no viaduto de Madureira

Ouvir Cartola no ensaio da Estação Primeira

Lembrar no Buraco Quente de Nelson Cavaquinho

Na roda em Vila Isabel, um samba do Martinho

A Rua

(Solo)

E a dor de perdê-lo

É o prazer de me reencontrar

Com tudo que espera

Por mim no meu velho lar

A Rua

Beber cachaça na Lapa, jogar conversa fora

Cantar João no Curvelo sem ter noção da hora

Fumar um beck no Estácio ao som de Melodia

Pastel e caldo-de-cana na feira ao meio-dia

Dançar um charme no viaduto de Madureira

Ouvir Cartola no ensaio da Estação Primeira

Lembrar no Buraco Quente de Nelson Cavaquinho

Na roda em Vila Isabel, um samba do Martinho

A Rua