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Roger Deff faz show de lançamento do álbum Alegoria da Paisagem

Show no Teatro Francisco Nunes, dia 10 de dezembro conta com as participações de Sérgio…

Show no Teatro Francisco Nunes, dia 10 de dezembro conta com as participações de Sérgio Pererê, Adriana Araújo, Rodrigo Borges, Luciano Cuíca Play e Radical Tee

“Alegoria da Paisagem” é o título do terceiro álbum do rapper Roger Deff, (ouça aqui: https://onerpm.link/828319225061). Com nove faixas, o trabalho tem o território da periferia como tema, valorizando os modos ser e estar no mundo das comunidades.

O álbum foi produzido por Ricardo Cunha e Edgar Filho e carrega elementos sonoros de gêneros como o samba, o funk, e o rock, tudo carregado de brasilidade, reforçando o que Deff chama de “sotaque sonoro periférico” e mantendo o rap como centro catalisador destes estilos musicais. O show de lançamento será realizado no dia 10 de dezembro (domingo), às 11h da manhã no Teatro Franciso Nunes (Av. Afonso Pena, 1321 – Centro, Belo Horizonte – MG), dentro da programação do projeto Música de Domingo, a entrada é gratuita. O show contará com as presenças de artistas que participaram do álbum, como Adriana Araújo, Rodrigo Borges, Luciano Cuíca Play e Radical Tee, além de Sérgio Pererê, que participa do disco anterior.

“O show é uma celebração do novo álbum, mas traz também repertório dos discos anteriores, então há músicas do Etnografia Suburbana (2019), do Pra Romper Fronteiras (2021) o que faz muito sentido, uma vez que há um diálogo entre os três trabalhos, que se completam dentro das suas respectivas temáticas”, explica Roger Deff. Além dos convidados, Deff segue acompanhado pela banda que gravou o álbum: Hamilton Jr (DJ), Edgar Filho (bateria), Ricardo Cunha (guitarra), Marcelo Kavalin (teclado) Luiz Prestes (baixo), Michelle Oliveira e Celton Oliveira (vozes). O show comemora também o lançamento em vinil do novo trabalho.

Disco orgânico

Assim como no disco de estreia, Alegoria da Paisagem não traz as costumeiras baterias programadas que são marcas do rap. Todo o álbum foi executado de maneira orgânica,com os músicos em estúdio e tinha como objetivo traduzir a brasilidade da obra, em conexão com elementos que o acompanharam ao longo da vida.

“Meu pai era muito ligado a artistas como Nelson Gonçalves, Altemar Dutra, e também ao samba do Jamelão, Bezerra da Silva, Originais do Samba, ao mesmo tempo que gostava muito também do grupo norte americano The Platters, então quis trazer no disco sons que remetessem a essa minha lembrança da periferia, na casa em que crescemos. As letras são bem literais neste sentido, homenageio a quebrada, meus amigos de adolescência no Jardim Alvorada, e a história do meu país, seu Teodoro, como homem negro que lutou a vida inteira por sua casa, que é uma das lutas das pessoas negras neste país, que não receberam nenhuma indenização pelos muitos anos de escravidão que têm suas sequelas até os dias de hoje”,reflete Deff, que fez muitas das faixas em homenagem ao pai, falecido em 2022.

Projeto realizado com recursos da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte