Perifericu: Festival internacional de cinema acontece em quebradas de SP

Com produção do cineasta Wellington Amorim da Maloka Filmes, o evento acontece de 9 a…

Com produção do cineasta Wellington Amorim da Maloka Filmes, o evento acontece de 9 a 13 de fevereiro na periferia da Zona Sul de São Paulo

 O Perifericu – Festival Internacional de Cinema e Cultura da Quebrada, evento que tem como objetivo valorizar as diferentes manifestações e processos artísticos da população LGBTQIA+ preta e periférica, acontece de 9 a 13 de fevereiro. O festival, que está previsto para acontecer de forma itinerante pelas favelas da Zona Sul de São Paulo, vai contar com diferentes ativações artísticas, como apresentações musicais, mostras e slams. Dentre os idealizadores do festival está o cineasta Wellington Amorim da Maloka Filmes, uma produtora criativa audiovisual LGBT+ formada por jovens periféricos de São Paulo.

 

Em 2021, nós, Maloka Filmes, rodamos diversos festivais de cinema com o Perifericu, nosso primeiro curta metragem ficcional. A presença de corpas trans e negres nesses espaços não foi algo concedido, nós de fato rompemos as barreiras para chegar neles. Isso foi primordial pra gente conseguir enxergar o quanto esse universo dos festivais é extremamente branco, hétero, cis e elitista. Criar um festival é também fazer com que existam espaços seguros para celebração da nossa arte, com os nossos, gente preta, LGBTQIA+, maloqueires, na quebrada que é o nosso centro. O Festival Perifericu é celebração da cultura preta dos bastidores ao palco, pois como diz um mantra importante do Movimento Negro, nada mais sobre nós sem nós!”, conta Well Amorim.

 

A programação do evento inclui formações, mostras de filmes, apresentações musicais, slams e debates, visando democratizar e enaltecer a cultura de quebrada, construindo pontes dentro das comunidades e viabilizando espaços de encontros. O evento vai acontecer de forma itinerante na Associação Bloco do Beco, Espaço Reggae e na Casa de Cultura M’Boi Mirim, esta última possui a capacidade máxima de 600 pessoas, mas por conta da Covid-19 o festival vai trabalhar com a capacidade reduzida para 150 pessoas. Além de ter como regra a apresentação da carteira de vacinação, com as duas doses da vacina e o uso obrigatório de máscara PFF2 ou N95. A presença online do festival vai acontecer por meio da plataforma Todesplay, que irá veicular os filmes on-line de 9 a 15 de fevereiro, dois dias a mais do que o período do evento.

 

A iniciativa do festival é da Maloka Filmes com apoio do Programa para a Valorização de Iniciativas Culturais do Município de São Paulo – VAI, Associação Bloco do Beco, SPCine, Casa de Cultura do M’Boi Mirim, Projeto Paradiso e TodesPlay.

 

SERVIÇO

Festival Perifericu – Festival Internacional de Cinema e Cultura da Quebrada.

Data: 9 a 13 de fevereiro

Formato: Presencial

Local: Associação Bloco do Beco, Espaço Reggae e Casa de Cultura M’Boi Mirim

Mais informações sobre a programação em: https://www.instagram.com/festivalperifericu/ 

 

Confira a programação completa:

 

Quarta-feira (9/02)

19h – Abrindo caminhos: Abertura com Samara Sosthenes

Local: Bloco do Beco

19h30 – Sessão 1 de Curtas

Local: Bloco do Beco

21h – Mesa de debate: TLGB+ e Cultura de Quebrada

Local: Bloco do Beco

Participantes: Tiely + Aline Anaya + Chavoso da USP 

 

22h30 – Acuendação: Discotecagem com DJ Sthe – Coletivo Magia Negra

Local: Bloco do Beco

Quinta-feira (10/02)

19h – Sessão 2 de Curtas

Local: Bloco do Beco

 

20h20 – SLAM Perifericu: Slam Masters: Pletu + Santos Drummond 

Local: Bloco do Beco

Premiação de R$ 200 

22h – Acuendação: Discotecagem com African Roots Local: Bloco do Beco

Sexta-feira (11/02)

19h – Sessão 3 de Curtas

Local: Espaço Reggae

20h20 – Mesa de debate: Ancestralidade Tranvestigênere

Local: Espaço Reggae

Participantes: Aretha Sadick + Lorenzo Couto + Terra Queiroz

23h – Festa Crash Party + Ballroom

Local: Espaço Reggae
Lineup Miniball: Chant Nia Sodomita Mutatis + DJ Bassan (Casa Mutatis)
Jurades: Pionner Felix Pimenta + Vita Pereira + Prince Puri Candaces

DJ Set Crash Crew: Dj Livea, DJ Alef, DJ  Guxtrava + DJ Hiperativo

Categorias: Runway- APT, Joga a Raba- APT, Sex Siren- APT, Vogue Performance- APT, APT- Aberto para todes. Premiação em R$.

 

Sábado (12/02)

15h – Papo de visão sobre fotografia + Caminhada histórico-fotográfica pelo bairro Jardim Ibirapuera

Local: Bloco do Beco + Rua
Participantes: Jennyfher Nascimento + Well Amorim e Nay Mendl – Maloka Filmes

 

19h – Sessão de Curtas

Local: Bloco do Beco

 

20h30 – Maracatu Baque Atitude

Local: Bloco do Beco

 

Domingo (13/02)

17h – Sessão Maloka Filmes

Local: Casa de Cultura M’Boi Mirim

19h – Encerramento: Premiação com apresentação das Irmãs de Pau Local: Casa de Cultura M’Boi Mirim

20h – Show BADSISTA

Local: Casa de Cultura

21h – Show Irmãs de Pau

Local: Casa de Cultura M’Boi Mirim

 

21h – Exibição de fotos da caminhada fotográfica

Local: Casa de Cultura M’Boi Mirim

 

SOBRE O FESTIVAL

O Festival Internacional de Cinema e Cultura da Quebrada tem como objetivo valorizar as diferentes manifestações e processos artísticos da população TLGB+ periférica, que sempre existiu e segue resistindo às marginalizações e estigmas sociais.

 

SOBRE WELL AMORIM

É produtor, diretor, diretor de fotografia, apresentador, filmmaker, pesquisador e servirologista na arte de comunicar. Em 2018 apresentou três episódios da série “Explorer Investigation” da National Geographic disponível no youtube. Em 2019 fez a produção executiva e a direção de fotografia do curta-metragem premiado “Perifericu” e assinou a direção de fotografia do curta documental “Dub-Magneficente”. Também produziu e dirigiu seu primeiro longa-metragem documental, “Raízes”, que estreou na Mostra de Cinema de Tiradentes de 2020. Em 2021 foi pesquisador e assistente de direção no documentário “Tecnologias da Esperança” do GNT e assistente de direção do documentário “Motriz – Roda de afeto” da Preta Portê Filmes. Faz parte do coletivo criativo Maloka Filmes e está na produção da primeira edição do “Perifericu – Festival de Cinema e Cultura de Quebrada” com foco na valorização de pessoas TLGBs das periferias.