Uterço faz live em festival que busca valorizar e fortalecer a negritude

Uterço faz live em festival que busca valorizar e fortalecer a negritude

Rapper apresenta repertório do seu disco Original Marginal RAP no Festival Felino Preta 2021

Representante do rap nacional desde o final dos anos 1990, o MC ainda conhecido por muitos como Massao, mostra seus sons solo como Uterço. Muito bem acompanhado por DJ Kiko Maestro, Maurício Mith (trompete) e Sandro Bueno (percussão), Uterço faz parte da programação do Festival Felino Preta.

O show live está marcado para hoje, às 20hs, no Youtube da Associação Felino – Frente de Educação e Cultura do Litoral Norte (SP). A transmissão será feita ao vivo e da própria casa do artista, seguindo todas as normas restritivas para combate a pandemia.

O show do Uterço já é conhecido por levar para as ruas um repertório exclusivo para ser ouvido ao vivo. Trata-se das faixas do disco Original Marginal RAP primeiro trabalho solo do rapper que já é referência no rap nacional. Acompanhado de DJ Kiko, Sandro Bueno na percussão e Maurício Mith no trompete. Uterço chega com rimas ácidas que discorrem toda sua vivencia à margem, com um flow único e muita ideia pertinente.

“Vamos apresentar um rap genuíno mesclando afro brasilidades com mixagens, sopros e samples. Linguagens e sobrevivências no caos urbano.” Discorre Uterço

Para o esquenta da live confira os clipes Tempo Fechado e Poucas, com direção do Junior Imigrante. No canal do You Tube do artista também tem vídeos do Ensaio Aberto, projeto social do artista na quebrada onde nasceu e duas lives realizadas também durante a quarentena. Ouça pelo Spotify e acompanhe no Instagram!

O Festival Felino Preta 2021, organizado pela Associação Felino – Frente de Educação e Cultura do Litoral Norte (SP) _ abre inscrições para projetos artísticos relacionados à negritude que estimulem aspectos como afro brasilidade, subjetividades e emancipação que possam contribuir para o desenvolvimento e ampliação das perspectivas culturais e artísticas de pretas e pretos. As inscrições estão abertas até o dia 31 de janeiro.

A programação do Festival será realizada somente em formato digital, devido a política de distanciamento social em decorrência da crise causada pelo novo coronavírus entre os dias 18 de fevereiro e 13 de março e será composta por projetos selecionados nas categorias VÍDEO e por apresentações artísticas de dança, circo, música, teatro, cultura popular, entre outras manifestações.

Para Shirlei Rodrigues, produtora do Festival, a realização do evento cria um espaço de visibilidade para os saberes, fazeres artísticos/culturais e pretende alcançar artistas que retratam, vivenciam e multiplicam diversas vertentes da cultura Preta.

“Acreditamos que o fortalecimento de uma forma de pensar, proveniente desta cultura, enquanto resistência, é urgente nos dias incertos em que vivemos, principalmente, no que se refere ao conceito de ‘comunidade’, ao olhar da pluriversalidade e ao entendimento profundo do termo Ubuntu : eu sou hoje, porque eu fui meus antepassados ontem, e serei minha continuidade amanhã. Eu sou, porque nós somos”, diz Rodrigues. Além da Shirlei, o evento conta com a produção de Talita Frangione e Itamires Nunes.