Terceira edição do Festival Maçãs apresenta Sessions individuais com quatro cantoras independentes da periferia de São Paulo

Mulheres da periferia de São Paulo cantam músicas autorais em lives

O evento intitulado “A colheita 2021” tem como objetivo fortalecer e ampliar a rede de…

O evento intitulado “A colheita 2021” tem como objetivo fortalecer e ampliar a rede de produções artísticas feitas por mulheres periféricas com apresentações musicais em vídeos divulgados no canal do Youtube do festival

Começa no dia 17 de julho e vai até setembro a 3ª Edição do Festival Maçãs nesse ano intitulado “A Colheita”, com programação gratuita, ocorre de forma totalmente online e visa fomentar, promover, incentivar e fortalecer artistas mulheres da periferia de São Paulo, com ações artístico-culturais, através da apresentação de músicas autorais. O evento será dividido em duas fases com apresentações das cantoras Luana Bayô, Thais Lim, Nisá e Maria Pérola divididas em quatro Sessions, lançadas uma por semana no canal do YouTube do festival. No encerramento acontece uma live com show de seis artistas periféricas: Nayra Lays, Bia Doxum, Carolina Maria, Obinrin Trio, Pé de Manacá e uma convidada surpresa.

As quatro cantoras que participam das Sessions possuem estilos diferentes, mas todas trazem uma sonoridade potente com canções que protestam e retratam suas realidades periféricas, além de exaltar a força da mulher guerreira que luta pelos seus objetivos. Maria Pérola, mesmo muito jovem, se destaca no cenário alternativo da música, com uma MPB suave e agradável, já ganhou o Prêmio Suburbano Convicto 2019 com a canção “Música Popular Periférica” de sua autoria. Foi finalista do Festival Nacional da Canção em 2020 com outra música autoral. Luana Bayô é uma cantora de vários estilos, transitando pelo samba, world music e samba-rock, já integrou os grupos Cia. Treme Treme, Bloco Afro Afirmativo Ilu Inã e hoje é diretora musical do Samba-Sarau Massembas de Ialodês. Thaís Lim e Nisá são as mais jovens do festival, e nos apresentam muita força e segurança com um potencial musical enorme, transitando pelo rap, MPB e xote.

O festival fez um mapeamento com mais de 60 artistas femininas de diversos estados do país e convidou quatro cantoras para gravarem duas músicas autorais cada, para as Sessions, na ONG Comunidade Cidadã, localizada na zona sul de São Paulo. O esquenta sobre cada artista pode ser conferido em postagens diárias nas redes sociais do festival. “Ficamos muito contentes e surpresas com o número de artistas que se interessaram pelo projeto. Isso só reforça o quanto artistas independentes buscam por espaços que tragam visibilidade e reconheçam o seu trabalho. Isso superou nossas expectativas”, conta Thamara Lage, diretora geral do evento. As gravações poderão ser conferidas a partir do dia 17 de julho no canal do YouTube do Festival Maçãs.

Por conta da pandemia da Covid-19 a organização enfrentou o desafio de adaptar e transferir as atrações para o meio virtual, o que acabou se tornando uma grande oportunidade de expandir o alcance do evento, como conta Juliana Viana, produtora executiva do festival. “Tínhamos pensado em realizar uma feira com mulheres empreendedoras do bairro do Grajaú, e de repente nos vimos em um grande desafio de mudar completamente, alterar cronogramas e adaptar as apresentações. Ao mesmo tempo que foi trabalhoso, está sendo muito gratificante ver o empenho de todos para o festival dar certo.

O projeto foi contemplado pelo Programa para a Valorização de Iniciativas Culturais (VAI) da Secretaria de Cultura de São Paulo e parceria com os espaços Sesc Interlagos e Ong Comunidade Cidadã.

Confira a programação das Sessions que serão exibidas aos sábados com uma artista por semana no canal do YouTube do Festival Maçãs: Link – https://www.youtube.com/channel/UCJ_q3nT2CbqVBg6S2F2hC6A/featured

17 de julho – Luana Bayô – Horário: 19hs

Cantora de vários estilos, transita pelo samba, world music e samba-rock. Integrou os grupos Cia. Treme Treme, Bloco Afro Afirmativo Ilu Inã e hoje é diretora musical do Samba-Sarau Massembas de Ialodês

24 de julho – Thais Lim (Rap) – Horário: 19hs

Artista, poetisa e escritora começou a compor músicas em 2012, mas somente em 2018 tomou coragem e passou a cantar, compartilhar sua arte e seu rap com o público. Lançou um EP.

31 de julho – Nisá (MPB e Xote) – Horário: 19hs

Cantora e compositora de apenas 19 anos de idade apresenta uma mistura de estilos em suas canções que vão da MPB, Samba, Soup e Pop. Integrou o grupo Trio Café em 2017.

07 de agosto – Maria Pérola (MPB) – Horário: 19hs

No ano passado foi finalistas do Festival Nacional da Canção com uma música autoral. Em 2019 ganhou o Prêmio Suburbano Convicto 2019 com a canção “Música Popular Periférica” de sua autoria. A artista é um dos destaques do cenário alternativo com MPB.

Sobre o Festival Maçãs

A proposta de criar o festival foi apresentada no final de 2016 para a Coletiva Maçãs por Thamara Lage, atual diretora geral do Festival Maçãs. Sua ideia inicial era voltada para os 4 elementos do hip hop (rap, DJ, breakdance e o grafite), porém com a união das integrantes da Coletiva, a ideia ganhou uma proporção maior com novas possibilidades, incluindo outros ritmos musicais com o foco central na produção artística da mulher periférica dentro do cenário musical. A cada nova edição o objetivo é aumentar o fortalecimento, apoiando essas mulheres desde a pré até a pós-produção de seus trabalhos musicais, além de criar uma rede de apoio e incentivo que alcance todas as artistas periféricas.