Grafiteiras abrem exposição exposição no Conic

Grafiteiras abrem exposição exposição no Conic

Projeto Grafite das Minas apresenta obras de oito artistas As cores e a força do…

Projeto Grafite das Minas apresenta obras de oito artistas

As cores e a força do graffiti vão tomar conta do Boulevard Center na próxima sexta-feira, 26 de maio. Oito grafiteiras do Distrito Federal vão ocupar o calçadão do centro comercial, mais conhecido como Conic, para realizar a pintura de oito obras, que vão compor uma exposição no local, aberta ao público a partir de 15 de junho.

A ação é parte do projeto Grafite das Minas, que vem discutir e promover o empoderamento feminino a partir da arte do graffiti. Realizado com apoio do Fundo de Apoio à Cultura (FAC) da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal, a ação tem produção de Criaturas Alaranjadas Comunicação e Arte e apoio do Instituto Cidade Céu.

As grafiteiras que vão compor a exposição são Amanda Owls, Borgê, Bruna Mandu, Didi Colado, Ganjart3, Loury Lima, Milk e Santa Surda, escolhidas por meio de uma seleção pública. Todas as selecionadas tinham mais de um ano de atuação na arte urbana no DF e duas vagas foram reservadas para artistas com deficiência. Cada uma delas se inscreveu com um desenho autoral e uma equipe de curadoria composta por três grafiteiras já reconhecidas no DF avaliou as melhores propostas.

Santa Surda, nome artístico de Amanda Gomes, é uma das artistas PCD que integram o projeto. “Sou vista como surda-muda. Mas sou surda, não muda! Me comunico através da libras e o meu grito é através da arte”, declara ela, que irá integrar a exposição com a obra O som do silêncio.

Sobre a importância desse reconhecimento, a artista Milk, nome artístico de Camilla Leite, afirma que o Grafite das Minas é um marco para o seu trabalho. “Acredito que o graffiti é uma forma poderosa de transmitir mensagens, provocar reflexões e transformar o ambiente em que vivemos. É uma arte urbana que fala diretamente às pessoas, trazendo vida e cor para as paredes cinzentas das cidades”, anuncia. Na exposição, ela apresenta sua obra Mãe e Filha: “estou animada com a oportunidade de compartilhar minha arte com pessoas de diferentes origens e perspectivas”.

TRANSFORMANDO A REALIDADE

Agora, no dia 26, em ação aberta ao público, elas vão transformar suas propostas em graffitis reais, aplicados em bustos de manequins femininos de vitrine. A ideia é, com eles, representar a figura da mulher ocupando espaços da arte e da rua e, assim, valorizar a produção artística feminina. Lado a lado, cada uma das grafiteiras realizará sua intervenção e o conjunto das obras seguirá em exposição em um dos espaços mais populares e significativos para a cultura urbana no DF.

Idealizado pela artista visual Astaruth Lira, o Grafite das Minas tem como uma de suas funções transformar o cotidiano por meio da arte. Segundo Lira, a principal expectativa para essa nova etapa, da pintura pública dos graffitis e sua exposição, é que as pessoas possam criar uma nova visão sobre a arte urbana e seu universo. “O graffiti tem toda uma linguagem própria, uma leitura pessoal de cada artista sobre suas emoções e o contexto em que vive”, explica. “Espero que a exposição e as obras levem exatamente isso: de como uma mulher, artista, pode se expressar por meio dessa arte que foi sempre marginalizada, mas que é cheia de leveza, de criatividade e de sensibilidade feminina.”

Serviço:

Pintura dos graffitis

26/5, às 10h

Aberto ao público

Local: Calçadão do Boulevard Center (Conic)

Exposição Grafite das Minas

A partir de 15/6

Entrada gratuita e livre para todas as idades

Local: Boulevard Center (Conic)